Não dá nada. Não dá,
não dará, assim como nunca deu. Qualquer desculpa esfarrapada serve para
absolver os corruptos do nosso país, desde que estejam protegidos pelo manto do
uma justiça diferenciada dos demais cidadãos. Mais de um delator afirmou que o
atual presidente recebeu propina em dinheiro e em bens. Inclusive um andar
inteiro de um prédio teria sido dado ao então vice-presidente em troca de
favores. Não dará nada, não deu até agora, nunca deu. Porque haveria agora se
obter alguma punição para os nossos ilustres representantes, justamente agora
que os seus julgadores estão, supostamente, todos “na gaveta”. O Temer, não
depende de provas para ser condenado, por mais robustas que sejam ele, agora
presidente, depende exclusivamente do valor que terá a disposição para comprar
os que autorizarão, ou não, a sua investigação. Caso falte a pecúnia, haverá
muitos cargos para safar-lhe de ser investigado. Já o pobre do Lula não, este
está mais suscetível à pena já que perdeu o privilégio de ser julgado pela mais
nobre corte do nosso país. Mas Temer não perde por esperar, Lula será condenado
e ele, quando perder todo o privilégio que os outros mortais não têm, também
terá que responder como um comum. Se um não escapou, certamente o outro estará
fadado às grades também.
Não é sem propósito
que estão expondo as nossas Forças Armadas ao ridículo, fazendo com que atue em
uma área que somente é legal por um tempo determinado. O sucesso da empreitada
de um exército é a aniquilação total do inimigo. Não existe a possibilidade de
aniquilação total e nem o que eles estão combatendo são inimigos e sim
compatriotas. Sim são da mesma pátria e são irmãos embora tenham se desviado
para o crime. É outro o órgão que deve captura-los e puni-los, não o EB. Constitucionalmente
nossas forças militares podem ser utilizadas sim para outros fins que não a
guerra, mas em casos pontuais e tempo determinado. É sabido que, quando da
desocupação da zona de conflito no Rio de Janeiro, o crime voltará com a mesma
intensidade ou mais forte ainda. Foi assim com as UPAs e não será diferente
agora. Ficará ecoando no inconsciente da tropa a celebre frase proferida pelo
humorista Chaves: “Volta o cão arrependido/ com suas orelhas tão fartas/ com
seu osso roído/ e o rabo entre as patas”. Repito: Não é sem propósito. É uma
trama muito bem articulada.
Existem
os que dão muito pouco valor ao que tem e pensam em adquirir os bens que ainda
não possuem para só então poderem ser felizes. Também existem aqueles que
valorizam o que tem e se preocupam em descartar o que possuem em excesso para
somente aí atingir a felicidade em sua plenitude.
Afonso Pires Faria, 25.09.2017 –
C
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