domingo, 29 de janeiro de 2017

AMIGO ANFITRIÃO.




               Aconteceu neste sábado e domingo, 27 e 28 de janeiro, mais um encontro dos “surepenses”. Somos um grupo de amigos que se formou ainda na infância ou início da juventude, quando não tínhamos nenhum interesse nos amigos, que não fosse a real amizade. O tempo modificou a forma de relações entre as pessoas. Hoje, são feitas por interesses múltiplos que não a verdadeira amizade. A nossa, de 15 pessoas, que agora, infelizmente são somente 14, foram formadas nas sólidas bases da real amizade. Não tínhamos, naquela época, nenhum interesse em um pelo outro, que fosse de cunho material. Sólida, muito sólida esta amizade, que hoje ainda se mantêm. Tínhamos na época de 13 a 16 anos. Hoje, a maioria de nós, já sexagenários. O anfitrião, desculpem-me, corrijo a grafia, o ANFITRIÃO, (sim em caixa alta, negrito e itálico), foi o nego do Jóca, como era chamado pejorativamente, por uma tia, proporcionou aos convivas uma recepção de luxo em sua residência em Imbé. Na despedida foi lembrada esta saudável amizade que teve seu amalgama em uma pura relação desinteressada de materialidade. Era puro coração.  Hoje as amizades não perduram mais do que uma dúzia de anos, por serem cimentadas em puros interesses materiais. A nossa não. A nossa perdura até hoje, quando nem mais amizades existem, quanto mais amizades duradoras como a nossa. O segredo: Todos, éramos e somos iguais, uns aos outros. Uns eram de uma classe mais abastada, outros nem tanto. Hoje, em alguns casos, houve uma diametral inversão do que era antes, e não houve nenhuma modificação no tratamento dado a nenhum dos AMIGOS. Devia ser motivo de um profundo estudo de antropologia esta sólida e sincera amizade, pois uns subiram aos píncaros do sucesso e eram dos mais humildes, e outros seguiram o caminho inverso. Hoje juntos, não se distingue quem era e o que é cada um deles. Somos dignos de inveja do resto da humanidade. 

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