Aconteceu neste sábado e domingo,
27 e 28 de janeiro, mais um encontro dos “surepenses”. Somos um grupo de amigos
que se formou ainda na infância ou início da juventude, quando não tínhamos
nenhum interesse nos amigos, que não fosse a real amizade. O tempo modificou a
forma de relações entre as pessoas. Hoje, são feitas por interesses múltiplos
que não a verdadeira amizade. A nossa, de 15 pessoas, que agora, infelizmente
são somente 14, foram formadas nas sólidas bases da real amizade. Não tínhamos,
naquela época, nenhum interesse em um pelo outro, que fosse de cunho material.
Sólida, muito sólida esta amizade, que hoje ainda se mantêm. Tínhamos na época
de 13 a 16 anos. Hoje, a maioria de nós, já sexagenários. O anfitrião, desculpem-me,
corrijo a grafia, o ANFITRIÃO, (sim
em caixa alta, negrito e itálico), foi o nego do Jóca, como era chamado
pejorativamente, por uma tia, proporcionou aos convivas uma recepção de luxo em
sua residência em Imbé. Na despedida foi lembrada esta saudável amizade que
teve seu amalgama em uma pura relação desinteressada de materialidade. Era puro
coração. Hoje as amizades não perduram
mais do que uma dúzia de anos, por serem cimentadas em puros interesses
materiais. A nossa não. A nossa perdura até hoje, quando nem mais amizades
existem, quanto mais amizades duradoras como a nossa. O segredo: Todos, éramos
e somos iguais, uns aos outros. Uns eram de uma classe mais abastada, outros
nem tanto. Hoje, em alguns casos, houve uma diametral inversão do que era antes,
e não houve nenhuma modificação no tratamento dado a nenhum dos AMIGOS. Devia
ser motivo de um profundo estudo de antropologia esta sólida e sincera amizade,
pois uns subiram aos píncaros do sucesso e eram dos mais humildes, e outros
seguiram o caminho inverso. Hoje juntos, não se distingue quem era e o que é
cada um deles. Somos dignos de inveja do resto da humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário