terça-feira, 20 de dezembro de 2016

JUSTIÇAS.



               O presidente João Belchior Goulart foi guindado ao poder por ser vice de Jânio da Silva Quadros, que renunciou. Ele sequer era o vice da chapa de Jânio, mas mesmo assim foi eleito pelo fato de, naquele tempo, as eleições para presidente e vice serem separadas. Agora, foi afastada a presidente Dilma e assumiu o seu vice, este foi eleito na mesma chapa, não é permitido concorrer separadamente, ou seja, a chapa é única. A cassação da presidente foi por crime de responsabilidade cometido exclusivamente por ela, mas caso haja irregularidades nas contas de sua campanha, salvo melhor juízo, Temer deverá também sofrer as consequências, ou não haveria motivo para que não se permitisse que os vices concorressem separadamente.
                         
               O Estado, este leviatã, se mete em tudo, e sempre para defender o direito do cidadão. Pelo menos é o que diz e o que entendem os defensores do “politicamente correto”. Além do Estado impedir ou obrigar, conforme o caso, o uso ou o não uso, de certos equipamentos ou utensílios, também nos impedem de agir ou até mesmo de pensar. Agora, resolveu interferir também no valor a ser cobrado pelas empresas aéreas. Estas notaram que o peso excessivo das bagagens estava onerando os custos das empresas, e consequentemente o das passagens. Este custo era repassado para todos os passageiros, quer usassem ou não os serviços de transporte de bagagens extras. Resolveram então fazer justiça àqueles que onerassem menos a empresa transportando menos peso, cobrando a bagagem à parte. Uns pagariam R$ 110,00, outros R$ 90,00 em vez de R$ 100,00 todos. Não é que as leis não permitem! Isto me faz lembrar um sujeito que perguntou o preço do cafezinho, ao ser informado, achou o valor muito alto e perguntou o preço do açúcar, ao lhe dizerem que este não era cobrado ele pediu 5 Kg do produto. Sejamos racionais. A cada um deve ser cobrado proporcionalmente ao que ele custa ao que lhe está prestando serviço, e não indistintamente, causando assim vantagens para uns e injustiça para outros. Mas vai convencer aqueles que defendem o Estado gigante e fiscalizador de julgar o que é e o que não é bom para o seu servo.

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