quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

FAZENDO A COISA ERRADA PARA DAR CERTO



              Dizem que, depois da noiva casada é que aparecem pretendentes. É fácil prever uma desgraça depois de ela ter ocorrido. Existem muitos engenheiros de obras prontas. Mas também existem atitudes que são tomadas paulatinamente, que qualquer idiota, já no início constada o seu futuro fracasso. Normalmente estas atitudes temerosas são tomadas por pessoas ignorantes, de pouco estudo e pouca vivencia no assunto. Normalmente o incauto é avisado da sua imprudência e corrige, pelo menos em parte, as suas práticas. Estes erros, normalmente são cometidos por indivíduos, dificilmente por uma empresa, pois existem nelas mecanismos que permitem a correção de rumo tão logo se comprove a incorreção. Pois não é que tivemos no nosso país uma sucessão de equívocos, enganos e erros crassos cometidos por toda uma equipe econômica composta por elementos renomados no assunto? Senão vejamos: O governo Dilma iniciou a sua avalanche de erros e equívocos quando declarou guerra aos bancos privados (claro, só de mentirinha) fazendo os bancos oficiais baixarem os juros artificialmente para estimular o consumo. Consumo alto a crédito fácil igual a endividamento. Mas tudo isto se justificava imaginando-se que haveria crescimento econômico, mesmo sem a produção equivalente. Não precisa ser doutor em economia, mesmo com diploma fraudado, para se saber que a contabilidade não fecha. E não fechou. Quando os créditos tiveram que ser pagos e o recurso pessoal não era suficiente, surge uma forma de se evitar um mal imediato. Baixar os preços dos combustíveis e da energia elétrica, mesmo que artificialmente solucionaria o problema. E solucionou, pelo menos a curto prazo. Como o consumo superava a produção, para amenizar o efeito nefasto da deletéria combinação, o governo tratou de criar empregos aumentando os gastos públicos. Mais uma vez os efeitos maléficos das irresponsabilidades foram postergados. O certo é que a conta viria mais cedo ou mais tarde, e veio. Veio, mas os autores das obras já estavam de costas para o problema e coube a eles somente fazer as críticas que tem ou tenta, em vão, solucioná-los. Consumir é muito mais prazeroso do que produzir, este, demanda esforço o outro, satisfação. A coisa fica ainda mais complicada quando somente um tem que produzir para o outro consumir. Piora ainda mais quando o ciclo se inverte e o consumo é feito antes da produção. Quando houver excesso de oferta, estimulando-se a demanda, soluciona-se o problema facilmente. Mas existindo escassez de produtos se estimula a demanda, o fracasso é de uma certeza absoluta. Governos com tendências centralizadoras e consequentemente totalitaristas, tendem a solucionar pequenos problemas criando outros maiores, com proporções de impossível solução.
PS: Depois de escrito este texto, deparo-me com a notícia de que o Temer vai baixar os juros dos cartões de crédito. Tira o tubo.

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