Dizem que, depois da noiva casada é que aparecem pretendentes. É
fácil prever uma desgraça depois de ela ter ocorrido. Existem muitos
engenheiros de obras prontas. Mas também existem atitudes que são tomadas
paulatinamente, que qualquer idiota, já no início constada o seu futuro
fracasso. Normalmente estas atitudes temerosas são tomadas por pessoas
ignorantes, de pouco estudo e pouca vivencia no assunto. Normalmente o incauto
é avisado da sua imprudência e corrige, pelo menos em parte, as suas práticas.
Estes erros, normalmente são cometidos por indivíduos, dificilmente por uma
empresa, pois existem nelas mecanismos que permitem a correção de rumo tão logo
se comprove a incorreção. Pois não é que tivemos no nosso país uma sucessão de
equívocos, enganos e erros crassos cometidos por toda uma equipe econômica
composta por elementos renomados no assunto? Senão vejamos: O governo Dilma
iniciou a sua avalanche de erros e equívocos quando declarou guerra aos bancos
privados (claro, só de mentirinha) fazendo os bancos oficiais baixarem os juros
artificialmente para estimular o consumo. Consumo alto a crédito fácil igual a
endividamento. Mas tudo isto se justificava imaginando-se que haveria
crescimento econômico, mesmo sem a produção equivalente. Não precisa ser doutor
em economia, mesmo com diploma fraudado, para se saber que a contabilidade não
fecha. E não fechou. Quando os créditos tiveram que ser pagos e o recurso
pessoal não era suficiente, surge uma forma de se evitar um mal imediato.
Baixar os preços dos combustíveis e da energia elétrica, mesmo que
artificialmente solucionaria o problema. E solucionou, pelo menos a curto
prazo. Como o consumo superava a produção, para amenizar o efeito nefasto da
deletéria combinação, o governo tratou de criar empregos aumentando os gastos
públicos. Mais uma vez os efeitos maléficos das irresponsabilidades foram
postergados. O certo é que a conta viria mais cedo ou mais tarde, e veio. Veio,
mas os autores das obras já estavam de costas para o problema e coube a eles
somente fazer as críticas que tem ou tenta, em vão, solucioná-los. Consumir é
muito mais prazeroso do que produzir, este, demanda esforço o outro,
satisfação. A coisa fica ainda mais complicada quando somente um tem que
produzir para o outro consumir. Piora ainda mais quando o ciclo se inverte e o
consumo é feito antes da produção. Quando houver excesso de oferta,
estimulando-se a demanda, soluciona-se o problema facilmente. Mas existindo
escassez de produtos se estimula a demanda, o fracasso é de uma certeza absoluta.
Governos com tendências centralizadoras e consequentemente totalitaristas,
tendem a solucionar pequenos problemas criando outros maiores, com proporções
de impossível solução.
PS: Depois de escrito este texto, deparo-me com a
notícia de que o Temer vai baixar os juros dos cartões de crédito. Tira o tubo.
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