Em um debate se utiliza algumas táticas de retórica com fins de
desestabilizar o adversário. Uma muito eficiente é a dissimulação, atribuindo
ao seu oponente, defeitos que são seus e não dele. Na obrigação de defender-se,
o acusado perde boa parte do tempo em que deveria estar acusando,
defendendo-se. Pois o partido do governo esta se utilizando sistematicamente
desta tática. A presidente Dilma falou que existe gente que torce, para o
“quanto pior melhor”. Quem conheceu o PT da oposição sabe com que maestria ele
utilizava esta tática. Nem a Constituição de 1988 quis assinar. O ex presidente
Lula acusa os manifestantes de insuflar o “nós contra eles”, como se esta não
fosse a bandeira da ideologia que ele representa, tentando dividir o país em
classes, criando cotas e estimulando movimentos à luta. A própria presidente
disse que não respeita um delator, sendo que ela mesma foi quem assinou a lei
que legitima este instituto. E, enquanto
o país seguir gastando fortunas na educação errada do nosso povo, esta tática
mentirosa vai dando certo. O povo desinstruído, gosta de ouvir o que lhe soa
bem aos ouvidos e de engolir somente o que lhe é palatável. A verdade dói-lhe,
pouco importando de que a mentira cobra um preço amargo. Estamos vivendo isto
agora, mas o “gado” já terá esquecido até as próximas eleições.
A implantação do socialismo na América Latina está programada
para se efetuar em etapas. Existe um tempo para que cada espaço seja
conquistado. A hierarquia é Cuba, Venezuela, Argentina e por último o Brasil,
que até então somente vem servindo de “cofre forte” do esquema. Pois não é que,
surpreendentemente, nas palavras do chefe do exercito, o Sr. João Pedro
Stédile, ficamos sabendo que o nosso país queimou duas etapas e “já somos
Cuba”.
Definitivamente não é turbinando os erros cometidos no passado,
que vamos corrigi-los. O segundo governo Lula e o primeiro de Dilma investiram
no consumo e no não cumprimento da responsabilidade fiscal, criada pelo governo
do PSDB. Os frutos colhidos estão aí para todos verem e existe uma tímida
tentativa de corrigir o rumo das coisas. Mas existe uma ala, a mais radical do
PT, que é adepta de aprofundar os gastos. Tem razão a manchete de um semanário
inglês ao completar uma manchete que se referia ao Brasil,: “No fundo do poço”,
com “e continua cavando”.
Afonso Pires Faria, 01 de outubro de 2015.
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