quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PERNICIOSO MAS POLITICAMENTE CORRETO.

                      A lei diz que ninguém pode ser condenado por um crime que quando cometido não fosse tipificado como tal. Chega a ser quase uma obviedade tal preceito, mas convém que fique explicitada tal regra. O que me chama a atenção é a existência de crimes de tortura denunciados, ainda hoje nas cadeias do Brasil e que isto não seja evitado, coibido, ou que tenha alguém responsabilizado por estes crimes agora hediondos.  Mas o que causa estranheza é que atos de supostas torturas, cometidas durante o regime militar, quando a tipificação deste ato não era nem crime, quanto menos hediondo está sendo investigado e existe intenção de se punir com o rigor da lei de agora aqueles atos do passado. O atual governo ainda acha que um tiro desferido com a mão esquerda é menos criminoso que um que foi efetuado por um destro.
                                   
                            Da plêiade de inversões de valores e tergiversações utilizadas demagogicamente pelos governos populistas, defensores ferrenhos do “politicamente correto”, atento ao que considero mais pernicioso. As cotas. As famigeradas cotas são criadas com o fim mascarado de atender àqueles que não possuem condições de ascender culturalmente, mas o critério para tal é injusto, tendo em vista que classifica o privilegiado não pelo motivo pelo qual ele não atinge seus objetivos, mas sim por outro, que pouco, ou quase nada tema ver com o caso. A cor da pele. Se a política tivesse como intuito a correção desta injustiça, e não outra, que é a de criar um conflito entre raças, simplesmente destinaria uma parte do dinheiro despendido com pagamento de faculdade para aqueles que não necessitam e destinariam para a melhor qualificação dos necessitados. O governo insiste em consertar o teto das instituições quando sabidamente o problema está nos alicerces da estrutura.

                            De encontro ao que pensa o senso comum, eu acho que a cadeia, não é para largar o cidadão em condições para conviver com a sociedade, esta é a função da família. A cadeia é uma punição. Também contrariamente ao que muitos dizem, penso não ser necessário um tratamento desumano durante a privação da liberdade dos que delinquem.
Afonso Pires Faria, 22 de outubro de 2015.

“Parece que, onde quer que o estado de bem-estar social tenha se instalado, o preceito moral “Não roubarás!” é alterado para dizer: “Não roubarás, exceto se você tiver uma causa nobre, onde você imagina que possa utilizar o produto do roubo melhor do que a vítima.” F. A. Harper

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