O Brasil vive nos dias
de hoje uma situação muito conturbada e uma parcela considerável de culpa
disto, deve-se ao segundo mandato do presidente Lula e dos subsequentes
conduzidos pela sua sucessora. Findo o primeiro mandato, Lula achou que poderia
por em prática o plano de guinada do nosso país para um socialismo, já
combinado com os outros partícipes do Foro de São Paulo. Tudo estava dando
certo, até mesmo a compra de deputados foi abafada, pois os deputados estavam,
de fato, comprometidos com os atos do então presidente. A eleição para segundo
mandato da presidente Dilma já estava assegurada, mas até mesmo uma fraude tem
que ter a sua aparência de legitimidade e foi preciso, pelo menos parecer, que
a coisa foi verdadeira. Para isto o governo tinha que se mostrar popular e se
gastou o que tinha e o que não tinha nas eleições. Fez-se o diabo, como disse a
turma do PT, para eleger e popularizar a presidente. Logrou-se êxito, mas os a
vitória cobrou seu preço. Foram descobertas as famosas “pedaladas” e o governo
teve que se explicar e também parar de gastar sem ter recursos como vinha
fazendo. Com a fonte secando veio a crise econômica. Ao se descobrir as
pedaladas veio a crise institucional e com isto a falta de apoio parlamentar
gerando consequentemente uma crise política. O executivo não governa mais,
trata única e exclusivamente de se defender de acusações. O legislativo não
legisla mais e, metade trata de acusar o governo, outra metade de defendê-lo
desesperadamente. O judiciário, toda hora é chamado para intervir nos atos, ora
do executivo, ora no legislativo. Wanderlei Guilherme dos Santos, em seu trabalho
de doutoramento, que versava sobre a crise de 1964 no Brasil, atribuiu a
derrubada do governo, e a consequente tomada do poder pelos militares, não a
existência de confrontos entre situação e oposição, mas sim a uma “paralisia
decisória”, que fez com que o país entrasse em uma estagnação, tanto política,
econômica e estrutural, com o presidente sendo manipulado por elementos
estranhos ao governo. Quem leu com atenção a história daquela época sabe que eu
estou falando de Leonel Brizola, que mesmo não tendo nenhum cargo oficial,
influenciava fortemente o seu cunhado presidente no governo. Que esta
semelhança entre Brizola no passado e Lula no presente, fique somente nos atos
e não nas consequências que aquele causou para o país.
Afonso Pires Faria, 21 de outubro de
2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário