quarta-feira, 21 de outubro de 2015

BRASIL: ONTEM, HOJE E AMANHÃ.

                  O Brasil vive nos dias de hoje uma situação muito conturbada e uma parcela considerável de culpa disto, deve-se ao segundo mandato do presidente Lula e dos subsequentes conduzidos pela sua sucessora. Findo o primeiro mandato, Lula achou que poderia por em prática o plano de guinada do nosso país para um socialismo, já combinado com os outros partícipes do Foro de São Paulo. Tudo estava dando certo, até mesmo a compra de deputados foi abafada, pois os deputados estavam, de fato, comprometidos com os atos do então presidente. A eleição para segundo mandato da presidente Dilma já estava assegurada, mas até mesmo uma fraude tem que ter a sua aparência de legitimidade e foi preciso, pelo menos parecer, que a coisa foi verdadeira. Para isto o governo tinha que se mostrar popular e se gastou o que tinha e o que não tinha nas eleições. Fez-se o diabo, como disse a turma do PT, para eleger e popularizar a presidente. Logrou-se êxito, mas os a vitória cobrou seu preço. Foram descobertas as famosas “pedaladas” e o governo teve que se explicar e também parar de gastar sem ter recursos como vinha fazendo. Com a fonte secando veio a crise econômica. Ao se descobrir as pedaladas veio a crise institucional e com isto a falta de apoio parlamentar gerando consequentemente uma crise política. O executivo não governa mais, trata única e exclusivamente de se defender de acusações. O legislativo não legisla mais e, metade trata de acusar o governo, outra metade de defendê-lo desesperadamente. O judiciário, toda hora é chamado para intervir nos atos, ora do executivo, ora no legislativo. Wanderlei Guilherme dos Santos, em seu trabalho de doutoramento, que versava sobre a crise de 1964 no Brasil, atribuiu a derrubada do governo, e a consequente tomada do poder pelos militares, não a existência de confrontos entre situação e oposição, mas sim a uma “paralisia decisória”, que fez com que o país entrasse em uma estagnação, tanto política, econômica e estrutural, com o presidente sendo manipulado por elementos estranhos ao governo. Quem leu com atenção a história daquela época sabe que eu estou falando de Leonel Brizola, que mesmo não tendo nenhum cargo oficial, influenciava fortemente o seu cunhado presidente no governo. Que esta semelhança entre Brizola no passado e Lula no presente, fique somente nos atos e não nas consequências que aquele causou para o país.
Afonso Pires Faria, 21 de outubro de 2015.

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