O uso do cachimbo deixa a boca torta, este sim deveria ser
o ditado conclamado, e não o de que a mulher de Cezar não basta ser honesta,
tem que parecer honesta. Pois é de aparências extrapoladas e feitos aviltados
que viveu o outro governo, e deu no que deu. Querem hipocrisias novamente,
mentiras e enganações? Voltar a dar preferência ao parecer mais importante do
que o fazer? Então será dada a
prioridade para aquele que, independente da competência PARECE, ser bom, é politicamente
correto, nunca pertenceu a nenhum partido político, parece ser honesto, parece
ser bonzinho. Corja de safados é que são os que estão a criticar a nomeação do
filho do Mourão. Não veem a hora de voltar o governo do faz de conta, não é
mesmo?
Bolsonaro deu entrevista a
uma emissora de televisão e falou que sabia dos “rolos” do motorista do filho
Flávio. Sabia que ele fazia compra e venda de carros, emprestava dinheiro a
juros, coisas deste nível. Mas bastou dizer que sabia para ser logo acusado de
conivência com o “crime”. Mais uma vez digo que a imprensa, e consequentemente
o povo amestrado por ela, estava acostumada com governantes que negavam tudo e
de tudo sabiam. O mensalão e o petrolão ocorreram, nas barbas do Lula, impossível
ele não saber, e ele negava peremptoriamente a sua existência, quando
descoberto, logo colocou a culpa nos outros e, em questionado de quem seriam
estes outros, imiscuiu-se de citá-los, como se fossem alienígenas. Não houve,
mas se ouve não sei, e se sei, não sei quem foi, e nem se foi, e fica tudo o
dito pelo não dito. É a velha síndrome do corno manso. Sabe que lhe estão
enganando, mas aceita a mentira com mais facilidade e mais conivência do que
uma verdade sincera. Mesmo que um seja um crime de lesa pátria cometido pelo
declarante, no caso do Lula, e o outro seja uma infração moral cometida por um
amigo da família, no caso do atual presidente, o que vale mesmo é o que é mais
palatável. Vamos custar a entrar para a normalidade e vivermos em um mundo real
e não em uma matrix.
Afonso Pires
Faria, 14.01.2019.
Nessa do filho do Mourão discordo de ti. É imoral e tem que ser criticado. Aliás, já devia ter deixado o cargo. Se ficarmos justificando o nepotismo porque "o PT fazia pior", vamos nos tornar aquilo que passamos os últimos 15 anos criticando. Torço para que o governo dê certo, mas vou apontar os erros. E nessa aí erraram feio.
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