Esta atitude que o povo brasileiro
está tendo com o novo governo não é de se estranhar. Os que ocupavam o poder
anteriormente, e que estavam levando o país á bancarrota, não desistirão tão
facilmente em atingir os objetivos a que se propuseram. Fazer do nosso país um
líder sul americano, ocupando o papel do que era a Rússia durante a guerra
fria. Para isso, tentam de todas as formas, desmoralizar e desqualificar todo e
qualquer ato governamental. É certo que esperamos destes que nos dirigem,
atitudes corretas, dentro da lei e muito longe dos atos que o PT e seus
asseclas, cometeram para socializar o nosso país e encher as burras de
dinheiro. Olham com lente de aumento, qualquer deslize cometido e, de imediato,
o comparam com o anterior. Alguém de sã consciência esperava que quase 4
séculos de colônia, governos gerais, reinado e 130 anos de república, em que se
formou um estamento burocrático com cartórios e castas privilegiadas, que isso
fosse ser, de uma hora para a outra simplesmente extinto de vês. Diz o ditado
que, o barro, se tu apertas muito na mão, lhe escapa por entre os dedos. Esta
ânsia de se conseguir as coisas de imediato pode comprometer o bom andamento
das reformas pretendidas por quem está ainda tomando pé da situação. Maquiavel
em sua obra “O Príncipe” deixa bem claro que o governante tem que ter
parcimônia no lidar com os problemas e saber fazer as coisas com o vagar e com
as dosagens certas em sua aplicação, tanto nos atos populares como aqueles que
aparentemente, causarão algum desconforto em certas camadas da população. Erros
serão cometidos com toda a certeza, não são anjos que estão a nos governar e
sim seres humanos. Mas este pequenos deslizes, serão utilizados para os
oposicionistas como um aríete para transpor novamente os portões que os separam
do poder. Eles superdimensionarão cada um destes desvios, e levarão muitos dos
eleitores do Bolsonaro a desacreditar de suas intenções verdadeiras. Estão a
fazer o povo a ficar vigilante ao argueiro no olho de qualquer um, sem ter o
mínimo senso de proporção à trave que lhe está quase cegando.
Vejam só o que
uma boa retórica pode fazer. Nos Estados Unidos, durante o governo Obama,
quando entrava um imigrante ilegal, separavam-se os pais e os filhos para
preservar as crianças do vexame de ver os pais sendo presos. Hoje, no governo
Trump, os filhos são arrancados cruelmente dos pais e confinados em um ambiente
nos quais são impedidos de ver o que está ocorrendo com eles. O muro,
idealizado pelo primeiro, era para proteger o país, agora é segregacionista. O
mesmo ato e o mesmo muro, só que ditos de forma “um pouco” diferente pela
imprensa.
O nosso relacionamento
com outras pessoas alteram o nível da nossa cultura, bem como a nossa
capacidade cognitiva. Se nos relacionamos com poucas pessoas e por pouco
período de tempo, o nosso nível de informação é bastante prejudicado, mesmo que
tenhamos acesso a leituras, se não as divulgamos ou não repassamos estas
informações, assim elas ficam inoculadas no nosso cérebro sem que se tenha
total aproveitamento delas. Mesmo que o número de pessoas com as quais
convivemos se forem numerosas, mas sempre as mesmas, ainda assim não teremos
pleno aproveitamento, se elas forem de culturas e crenças similares as nossas.
Por isso da importância de mesclarmos nossos convivas para que possamos
potencializar o que absorvemos, tanto pela informação obtida por cursos e
leituras, como na difusão de conhecimento advindo de conversas com outros.
Afonso Pires Faria, 17.01.2017.
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