Agora, sejamos um pouco coerentes e
sensatos. Sejamos lógicos e pragmáticos e menos fanáticos. Não serei preciso
nos dados para não ser pernóstico. Mas vamos a eles: A previdência privada dos
funcionários do Banco do Brasil, após sucessivos superávits, resolveu suspender
a contribuição dos seus associados, não foi suficiente para amainar os absurdos
lucros da entidade e foi necessário distribuir os lucros. Aquele que pagava 8%
de seu salário, deixou de pagar e posteriormente começou a receber 20% a mais. Pois
o governo petista conseguiu, não só suspender a distribuição como fazer voltar
a contribuição. Pior. Deixou a nossa entidade com prejuízos que se acumulavam
ano a ano. Este é o exemplo de um dos fundos de pensão. Existem outros em
situação semelhante ou pior. O que me deixa um pouco preocupado é com a saúde
mental de colegas que defendem este tipo de administração como se fossem o
supra sumo da competência.
Algumas brincadeiras faziam um trocadilho entre as palavras.
Para mostrar a semelhanças entre duas delas, faziam a soma das sílabas, tais
como: pe + a + to = marreco ou fu + ro =
buraco. Faço esta analogia para dizer que o PT, enquanto governo fazia o mesmo,
só que de forma um pouco mais antagônica. Para eles, de + mo + cra + cia = ditadura.
E quanto não foram os que embarcaram nesta canoa furada! E quantos ainda são
enganados, quando até alguns dos enganadores já se deram conta que eram
ridículos.
O politicamente correto não cansa de causar danos a nossa
sociedade. Fossem estes somente pecuniários, já seriam de grande vulto, mas
não. Os danos vão além do material, atingem também as mentes das pessoas que
ficam robotizadas e defendem coisas paradoxais. Estes, tem uma causa, que é a
divisão da sociedade. E eles atacam em todas as frentes, racismo, homofobia e
não satisfeitos a misoginia. Querem direitos iguais para as mulheres. Nada mais
justo. Mas os deveres devem ser distintos, daí já começa a complicar, já que
entre estes direitos, estão inclusos os remuneratórios. Os defensores da causa
não aceitam discriminação, mas não abrem mão dos privilégios, e aí começam os
paradoxos. Querem igualitarismo no trato familiar, não aceitam serem elas as
responsáveis exclusivas pela administração doméstica, o que pode ser aceitável,
não fosse que, com o mesmo argumento, desta vez diametralmente oposto, alegam
que devem se aposentar mais cedo que os homens por serem elas, exclusivamente
responsáveis pela administração do lar. E não adianta um homem provar que era
ele, unicamente ele que cuidava das crianças, que vestia avental, fazia o
almoço e o jantar, varria a casa, cuidava do jardim e fazia “bicos” para manter
a família, que trabalhava mais de oito horas fora de casa e mais os afazeres,
que não adianta. É a mulher que tem que se aposentar mais cedo. Discussão
encerrada. Mas a contradição não para aí. E onde fica a tão falada ideologia de
gênero? Se o homem disser que se sente uma mulherzinha dentro de casa, que é a
mulher que manda, que é ela que é o homem da casa. Ele alega que nasceu em um
corpo de mulher, que se sente feminino. Não adianta. Tendo os cromossomas XY e
não XX, foda-se. É a mulher que vai ter os privilégios de se aposentar mais
cedo. Dois pesos, duas medidas.
Os defensores dos “direitos” se julgam muito competentes para
discutir reforma trabalhista. O que causa estranheza é que se julgam incapazes
de administrar até mesmo a sua renda e transferem a tarefa ao Estado, permitindo
que lhe sejam tungados, parte do salário para isto.
Afonso Pires
Faria, 04.01.2019.
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