quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O novo ministério da presidente Dilma me traz algumas surpresas. Kátia Abreu, representante do agronegócio e Aldo Rebelo que, apesar de ser comunista, tem ideias sensatas, como não acreditar no aquecimento global.

Tenho atacado o governo do PT de forma contundente, persistente e constante, só não o fiz ainda de forma desleal. Será que é só isto que está faltando eu fazer para ser convidado para ocupar um ministério?
                             
Em 01.07.1976 o governo sancionou a lei 6339/76 que ficou conhecia com o nome do então ministro da justiça Armando Falcão. Hoje ela é motivo de piada. Esta lei disciplinava o uso do horário de propaganda eleitoral. O tempo para os candidatos e partidos, era igual, não era permitido musicas e os candidatos somente poderiam expor os seus dados pessoais. Os candidatos não podiam mentir, enganar, maquiar ou iludir os eleitores com músicas bonitas. O poder econômico não influenciava. Hoje vale quem tem mais dinheiro, quem melhor engana o povo e o melhor marketing. Reclamavam que o político ficava calado, mas isto era por conta do não poder mentir. E o “gado” acha que a lei atual é que justa.

Gostaria de saber onde estão os militantes do partido aquele que ascendeu ao poder com loas aos mais pobres e dizendo que salário não era renda? Hoje só não cobra o maior imposto sobre salário, como se nega a corrigi-lo minimamente pela inflação.

Estou a pensar como estará o Brasil, quando da campanha para a reeleição do Lula em 2022. Como será que o “gado” estará se comportando nesta época? As medidas impopulares e tão desconexas com o que foi prometido em campanha eleitoral, só são possíveis ser aceitas por um povo, que eu chamo de gado, com instrução mínima. Tudo o que está ocorrendo no nosso país, por iniciativa governamental, vem totalmente de encontro ao que foi prometido na campanha eleitoral pela candidate vencedora. Ironicamente também, ao encontro do que ela dizia que o seu oponente faria caso fosse vencedor do pleito. O povo (gado) que foi para as ruas, e quase parou o Brasil, por um aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus na capital de um dos estados da federação, hoje não tem a menor indignação com tudo o que está ocorrendo de incrédulo no nosso país, tendo em vista o que foi prometido e o que está sendo efetivamente efetuado. Vitória, vitória devem estar gritando os defensores da aplicação dos métodos gramscistas. E o gado célere rumo ao abatedouro.

O “pacote de maldades” decretado pela presidente Dilma, não seria de todo mal não tivesse ela prometido, em campanha para reeleição, o oposto do que está fazendo. Cabe alguns elogios a algumas medidas que visam somente o bem da nação, mas são poucas. A maioria visa exclusivamente cobrir, mesmo que parcialmente, o rombo das bondades feitas, com o nosso dinheiro, a setores internos privilegiados e a países amigos seguidores da doutrina apregoada pelo Foro de São Paulo.

Segundo as regras de como proceder para se implantar um regime ditatorial em um país, somente um líder sobreviverá. Não obrigatoriamente o mais forte, nem o mais popular, nem o mais previsível. Stálin, Lenin e Trotsky, se ressuscitados, confirmariam isto. Portanto dona Dilma, seu Zé Dirceu e seu Lula. Olho muito aberto, dois sucumbirão.

Afonso Pires Faria – 01.2015

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