domingo, 9 de agosto de 2020

PAI.

                  Cada religião, cada seita, cada cultura, tem uma forma diferente de ver a vida. Algumas colocam hierarquicamente no topo e outras no cume, certas passagens da nossa vida. Mas creio que é inescapável a partição da nossa existência em ciclos. Se prestarmos a atenção, de fato todos nós podemos fazer esta diferenciação de estágios na nossa vida. O homem nasce, cresce e morre. Podemos nestes interstícios acrescentar outros que são ou menos importantes ou que podem ser evitados. Os bem-humorados dizem que, nasce, cresce, fica bobo e casa. Conceitua-se que os desígnios da vida nos reservam três missões antes de morrermos: plantar uma árvore, escrever um livro e termos um filho. Este último, certamente está bem mais próximo do cume do que da base, pois nos faz perdurar a nossa espécie. Parece que quando viemos ao mundo, já estamos com uma dívida para com o Criador, de preservação, e quando vemos cumprida essa missão existe em nós, pais, uma sensação tanto de alegria como de missão cumprida. Já não estão mais comigo, mas eu gostaria de prestar uma homenagem aos que me antecederam; seu Antão, seu Afonso, seu Antão e seu Afonso. Curioso né?

Perdurando a espécie.


Seu Antão e, é claro que sem a dona Amélia eu não estaria aqui também.


Sem o seu Afonso e a dona Ruth, faltaria o seu Antão e eu não estaria aqui. Também não estaria o Léo se não fosse a dona Mariluce. 


Afonso Pires Faria, 09.08.2020.

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