A nossa constituição
federal, este lixo, foi criada para ser de princípios presidencialistas, mas os
seus elaboradores, parlamentares que eram, a tornaram em um arremedo de
qualquer coisa, menos em uma Carta Magna de um país. A partição dos poderes
claramente explícita, torna a sua aplicabilidade impossível. Exemplos não
faltam de ver o nosso judiciário legislando e o legislativo executando o
orçamento. O país até então, vinha se adaptando a esta forma esdrúxula de governar,
mas chegou a um ponto que até o mais ignorante cidadão percebeu que o seu voto
para presidente de nada servia. O executivo somente tinha seus pleitos
atendidos à base de propinas e barganhas. É de exclusiva atribuição do
executivo a escolha de seus ministros e isto não estava ocorrendo. Virou rotina
o presidente entregar “de porteira fechada” o ministério para a bancada de um
partido político para este votar favorável aos pleitos do presidente. Pleitos
estes nada republicanos, diga-se de passagem. Não suficiente os cargos de
primeiro a quarto escalão nos ministérios, órgãos públicos e estatais, os
sedentos parlamentares estavam sempre querendo mais. Chegou no fim com a
eleição do Bolsonaro. Mas se todos governos anteriores cederam, porque este
também não haveria de se entregar as chantagens vindas do legislativo? O tempo
passou e não houve nenhuma conivência com os mal feitos anteriores e os poderes
legislativo e judiciário apelaram para aquele que também não teve suas
milionárias verbas liberadas. A imprensa. E eis que temos o atual quadro. O
presidente sendo acusado de tudo o que não é, por aqueles que são exatamente o
que o acusam ser. A mídia vende e muita gente compra. Mais por ignorância do
que por má fé, eu penso.
Afonso Pires Faria,
20.04.2020.
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