Nosso pobre país tem tudo para não
funcional. E funciona, não sei como mas funciona. Claro que andamos aos trancos
e barrancos, mas ainda assim, miraculosamente funcionamos. A coisa está mal
encaminhada, mas sempre se consegue dar um jeitinho de piorá-la. Um resumo dos
malabarismos efetuados pelos nossos três poderes, podem ser vistos no livro da
imagem abaixo. Mas o cerne da coisa mesmo está na impossibilidade de se
corrigir o que está errado. Toda a constituição de um país democrático, quando
ela existe, preserva a existência de três poderes harmônicos e independentes
entre si. Mais, existe a condição de um fiscalizar os outros dois. Assim, por
exemplo, quem fiscaliza o judiciário é o executivo e o legislativo. Quem tem
poder de destituir um membro do judiciário é o senado federal. Mas a coisa fica
um pouco embrulhada se não sui generis, quando um poder começa a efetuar a
tarefa de outro. O exemplo mais citado pelos órgãos de imprensa é o STF tomando
as vezes do poder legislativo. E o faz sem o menor pudor. E o faz por que
motivo? Com não é impedido de se imiscuir nos trabalhos do senado, por exemplo,
sem que este se utilize da arma que tem para destituir aquele ou aqueles que se
arvoram a tal ato? Simples. Quem julga os seus algozes é o próprio réu. Se são
os senadores que podem destituir um ministro e este tem em suas mãos todos os
processos contra eles e não o julga, qualquer ameaça de uma parte ou de outra,
se quebra a corrente de ajudas mútuas. Assim, um “engaveta” os processos contra
o outro e este não atrapalha a ação dos magistrados. E assim vem funcionando. Não
tem como dar certo. Pior é que não está dando certo, mas estamos vivendo mesmo
assim.
Convivemos no Brasil
por mais de duas décadas como o assistencialismo e sobrevivemos a isto. Será
que se experimentarmos a meritocracia, nos matará?
Aconselhe-se com os jovens quando os assuntos forem mais pueris,
mas se forem de relevância, procure os mais velhos.
Afonso
Pires Faria, 24.02.2019.
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