Conta-se que um sujeito com pendores
ditatoriais e sanguinários, falou que se tivesse poder supremo mandaria matar
de uma só vez, trezentos argentinos e um dentista. Logo foi inquerido: mas
porque este dentista? E saiu se vangloriando, argentinofóbico que era. Eu disse
que nem iriam dar bola para os argentinos. Pois ouve uma investigação na ALERJ,
por conta de crimes cometidos por políticos daquele órgão. Não bastasse os
titulares, alguns presos, estavam também envolvidos os seus assessores. A COAF,
chamada as suas responsabilidades, detector movimentações atípicas em várias
contas, tanto de deputados como de seus servidores. Algumas cifras atingiram
dezenas de milhares de Reais. Mas a que, de fato chamou a atenção foi a de R$
1,2 milhões. Era o que podemos alcunhar de “o dentista”.
Não tivéssemos uma constituição tão
benevolente, leis tão permissivas e uma falsa percepção de democracia, quando
na verdade vivemos uma aristocracia, não seria necessário estarmos passando por
tempos tão difíceis. Não sou anarquista e nem libertário, mas temos que aplicar
muitas das ideias defendidas por estes grupos para conseguirmos nos livrar do
“Leviatã”. Este Estado, gigantesco e musculoso, que nos sufoca com leis
arbitrárias mascaradas de democráticas, deveria sofrer um “sossega leão”, para
amainar os seus anseios de totalitarismo. São tantos direitos concedidos ao
cidadão, e tantos órgãos criados para a sua garantia, que o próprio beneficiado
não dá conta de pagá-los.
As vezes
não consigo reprimir o meu ímpeto de reparar no comportamento dos outros em
certos locais. Algumas coisas ficam marcadas no nosso irracional, que não
conseguimos nos livrar deles. É o caso de quando vou em um restaurante e vejo
pessoas adentrarem ao local fechado, sem retirar o chapéu ou boné da cabeça.
Como tive grande parte da minha educação nos hostes castrenses, para mim isto é
uma heresia. Também estranho pessoas que bebem grandes quantidades de líquidos
durante a refeição. A rapidez com que ingerem os alimentos também me provoca
uma certa estranheza. Comem o alimento com uma pressa tamanha, que se tem a
impressão de que o alimentado esteja imaginando que o garçom, em um determinado
tempo, irá retirar o prato de sua mesa sem seu consentimento. Olham para o
prato de comida como se fosse um inimigo que, se não for logo devorado poderá
lhes trazer um prejuízo, quando na verdade é exatamente o contrário, ele se
tornará um inimigo se celeremente for devorado. A alimentação é uma necessidade
fisiológica que deve ser ingerida, para nosso deleite e não como uma obrigação
a ser cumprida em um tempo mais rápido possível. Que me corrijam os
nutricionistas, se eu estiver enganado.
A arte de embelezar uma figura, estraga a beleza dos seus defeitos.
Afonso Pires Faria,
17.12.2018.
No primeiro texto "as cifras atingiram dezenas de MILHÕES de reais" e o COAF DETECTOU/detector. Um abraço
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