segunda-feira, 21 de novembro de 2016

DIFICULDADE DE DIÁLOGO.



               Tenho uma grande dificuldade e até constrangimento em dialogar com quem, vendo a situação em que se encontra o nosso país, ainda defende o governo que assim o deixou. Tivesse o nosso país sido vítima de uma catástrofe ambiental, mal administrada ou um evento internacional que tivesse prejudicado somente o nosso país, poderia se admitir que houvesse algum argumento em defesa dos governantes. Mas não. A causa de nossa miséria é única e exclusivamente de irresponsabilidade administrativa somada a roubo. Fatos estes mais do que provados. O que me deixa pouco a vontade para argumentar com esta gente, é que eles alegam em sua defesa, que já existia roubo anteriormente. Mesmo que isto se justificasse, fica a indagação de porque somente agora é que o prejuízo se evidenciou. Mais rasteiro que este argumento, só o de um colega que eu tinha que, já quase formado em Ciência Política, tinha como argumento contra a minha oposição ao Lula, de que eu não gostava dele porque ele era pobre. É de cortar os pulsos. De vergonha. 

               Porque será que aqueles que pedem desesperadamente punição para o Serra e para o Aécio, sequer aceitam que o Lula seja investigado? Também é de se estranhar que aqueles que vociferavam “fora Cunha”, sequer murmuram algo contra o Renan Calheiros. Onde está a coerência desta gente? Onde está a lógica ou a vergonha na cara. Perderam totalmente a noção do ridículo. Eu quero que se investigue todo o político suspeito e que, descoberto algum ilícito, seja punido com mais severidade do que um cidadão comum, justamente por ele ser um representante do povo. Beira a demência lutar contra a corrupção, mas quando simplesmente se investiga um dos seus, fica a defendê-lo com palavras de ordem de que é meu amigo, mexeu com “ele” mexeu comigo.
  
·       *  As cores escolhidas para o texto justificam-se por eu não saber se fico vermelho de vergonha ou roxo de raiva.

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