terça-feira, 26 de março de 2019

É O INVERSO DO CONTRÁRIO.



Gostaria de saber o que pensavam estes, que hoje condenam veementemente a reforma da previdência, sobre o que dizia o presidente Lula sobre o assunto? Quando este falou que deveria se fazer ajustes, pois a população estava mais longeva. Sei que alguns o criticaram, mas creio que foram poucos e eu não estava entre eles. No governo do PT, foi tirado o direito dos servidores públicos federais de se aposentarem com a integralidade do salário e eu não vi nenhum sindicato fazer críticas a isso. Eu também não as fiz, exceto pela incoerência de não ter propagado o feito. Porque os que nada disseram ou até apoiaram que uma reforma fosse feita, hoje bradam contra ela? Vejo discursos acalorados dizendo que a reforma tem que ser feita, mas não pode trazer prejuízo ao trabalhador. Ora, sejamos coerentes, sensatos e menos hipócritas. É claro que do jeito que está não pode ficar e todos terão que dar uma parcela de sacrifício para que ela permaneça viva. Tenho um grande sentimento de não ser atingido, para poder falar com maior propriedade, mas creio que isto não me tira o direito nem a legitimidade para defender que sejam feitos ajustes para que meus filhos e netos consigam usufruir de algum direito no futuro. O que me causa espécie é ser chamado de fascista, justamente aquele que quer desobrigar o Estado de algo que pode muito bem ser administrado pelo individuo, ou um conjunto deles sem as patas do Leviatã a os sufocar. A esquerda brasileira é um poço de incoerência, critica o que defendia, classifica com epítetos desonrosos, aqueles que são exatamente o oposto do que são xingados. Pior: justamente por aqueles que mais se aproximam disso.

Pois o ex-ministro Tarso Genro consegue, mais uma vez, fazer um contorcionismo lógico. Contrariando todas as leis nacionais e internacionais, admitiu como refugiado, um criminoso condenado a prisão perpétua em seu país e negou-se a refugiar dois pobres atletas cubanos que queria se livrar da ditadura sanguinária do ditador Fidel Castro, alegando que estes, haviam se arrependido e solicitado a devolução. Desmascarado pela lógica quanto a devolução, agora também é desmascarado quando o próprio criminoso que era chamado de ativista político, confessou seus crimes. Mas o senhor Tarso, não se deu por vencido. Insinuou que o crápula do Battisti, teria sido torturado para confessar. Esta gente perdeu a noção do que é real, vivem em um mundo paralelo. São doentes, para dizer o mínimo.
Afonso Pires Faria, 26.03.2019.

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