terça-feira, 5 de março de 2019

A POUCA VONTADE DE APRENDER.


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O ditado que diz que “depois da noiva casada, aparece pretendente”, nos remete geralmente ao fato de as pessoas emitirem opinião sobre alguns assuntos somente depois dele totalmente elucidado. São os famosos engenheiros de obras prontas. Na outra ponta dos extremamente acautelados estão os lacradores, aqueles que já tem resposta e solução para todo e qualquer problema que surja, e geralmente a visão dele é que está certa e mesmo depois de tudo esclarecido negativamente a sua opinião, não aceita o contraditório. Por isto eu acho que não podemos ir, nem tanto ao céu nem tanto ao inferno. O tempo que devemos levar em conta para emitir parecer sobre um determinado assunto deve ser inversamente proporcional ao grau de conhecimento que temos sobre o assunto. Tanto menor o conhecimento, maior deverá ser o tempo que devemos levar para nos manifestarmos, sob pena de se passar vergonha. Alguns assuntos são, de fato polêmicos, e dificilmente haverá um consenso sobre qual o lado tem total ou mais razão. Outros não é a controvérsia sobre ele que impede a sua definição e sim o fanatismo. O exemplo mais presente deste segundo caso é a condenação do Lula. O elemento já foi julgado em primeira e segunda instância, recorreu e só teve incrementada a sua pena, foi réu e condenado outra vez e ainda tem mais o triplo de julgamentos a serem executados sobre sua pessoa, e alguns seguidores seus juram de pés juntos que o infame é inocente.

Afonso Pires Faria, 05.03.2019.

Um comentário:

  1. Isso é, com certeza, um problema. Mas não é o único e nem o último. Tenho, como conceito claro, que o VITIMISMO é muito pior. O não aceitar o contraditório já fala muito da pessoa, mas é, quando essa, por desconforto e/ou má educação, parte para a agressão pura e simples. Essa reação, esperam os incautos, deve ser o final da discussão. Qualquer manifestação subsequente personifica no deseducado essa reação. Eles falam do caráter de nossa mãe mas não podemos chamá-los de "filho da puta". Fazem uma gritaria porque quem reagem a uma mulher é misógino; se for um negro, é racista; se for um "veado", é homofóbico e por aí vem toda a sorte de agressões verbais e acusações. Quem não tem "medo de grito" recebe a alcunha de "pária" social por ter defendido-se. "Ah, meu relho".

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