quinta-feira, 15 de novembro de 2018

REVOLUÇÃO, HIPOCRISIA E CRIME.




É impossível se fazer uma revolução sem o uso das armas em uma sociedade sadia. No nosso país se tentou a tomada do poder em várias ocasiões pelo uso da força. Dois exemplos foram mais destacados, em 1935 e 1964. Ambos falharam e os tempos mudaram. Surgiram novas formas de se fazer política e revolução. A forma de se tomar o poder de modo menos traumático foi nos ensinado inicialmente por Gramsci. Foi dele a conclusão de que em uma país com suas entidades funcionando harmoniosamente não se obterá êxito. O Brasil, como está, é um terreno fértil para o sucesso revolucionário. E não está assim por incompetência de seus últimos três governantes. Muito pelo contrário. Foi tudo meticulosamente planejado. Estava indo tudo bem, mas algo deve ter dado errado e as últimas eleições nos deram um novo fôlego. Até quando? Veremos.

E que se deixe de hipocrisia, e que se de nome aos bois. Que tratemos as pessoas da forma que a qualificamos ou a classifiquemos como de fato o são. Os governantes tratam toda a população como se fossem um bando de idiotas, analfabetos, ignorantes e desqualificados intelectualmente e canta loas sobre todas elas. Chamar de democracia o que se vive no nosso país, é desprezar o intelecto da nossa população. As minorias são sobre representadas e as maiorias são, além de sub representadas, desprezadas e enganadas pelos políticos e governantes. Se a democracia é o governo das maiorias, onde o povo deve ser representado, como explicar que existem mais leis defendendo as minorias? Como justificar que no parlamento, as regiões norte, nordeste e centro oeste, com 43% da população, representem 74% do Senado. Mesmo se sabendo que a representação do senado não é populacional, a desproporção é gritante. Mas mesmo na câmara a representação das regiões mais populosas está aviltada (50,1% x 49,9%). Já que a democracia é a representação da maioria, e esta, sabidamente não está sendo contemplada, que regime estamos vivendo? Restaria a monarquia, já de pronto excluída pois não vivemos sob o domínio de um só governante. Sobrou-nos a aristocracia, mas esta é a forma de um governo dos melhores, e pelo que se nota no nosso país, é exatamente os piores que nos genvernam. Como pode o Brasil dar certo?

Não sou advogado criminalista e muito menos advogado, mas não creio que a defesa de Lula esteja acreditando em sua absolvição no caso do sítio. Na escassez de provas de que as reformas do sítio não tenham origem em propinas dada como contrapartida de favores do ex presidente, o ataque ao acusador passou a ser a linha de defesa. Dificilmente isto obtém êxito, mas como não sou pessoa mais indicada e nem interessada em defender o Lula, eles que façam como quiserem. O que me causa espécie e o silencio ensurdecedor das feministas relativo a falta de respeito no tratamento com a juíza, demonstrada pelo acusado. Ou a famosa frase “só fez isto porque era uma mulher”, será totalmente ignorado?
Afonso Pires Faria, 15.11.2018.

2 comentários:

  1. Há duas coisas muito importantes a serem destacadas. Primeiro a dignidade da Doutora Gabriele de se manter calma e "dona" da situação. Segundo, mas não menos importante, a autoridade inconteste (botou o pau na mesa).

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  2. A falta de tato, excesso excesso de confiança e inoportuno apoiador de Churchill, fizera do Marechal de Campo, Bernard Montgomery uma figura importante no conflito mas que atrasou o fim da Segunda Guerra em 12 meses. Foi o idealizador da Operação Market Garden quando O General Gorge Paton já encontrava-se as margens da Linha Siegifrid. Estava indo tudo muito bem mas entrou areia na transmissão.

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