Para que tenhamos sucesso
em uma empreitada, é necessário todo um planejamento e uma precisa execução do
plano, sem se queimar etapas e nem inverter a sua ordem. Obteremos uma boa
colheita, se não semearmos sem antes ter feito um bom preparo da terra, e esta,
terá os frutos tanto mais abundantes quanto mais cuidadosa e esmerada for sua
efetivação. O processo de tomada do poder pelos comunistas, que hoje tem seus
objetivos difusos, também teve que cumprir um longo caminho, tendo em vista que
o mais rápido, que seria pela força, não logrou êxito. O preparo da terra, foi
o emburrecimento do povo a ser conquistado. Como o ser humano é altamente
suscetível a obter as coisas de maneira mais fácil, foi-lhe oferecido toda a
sorte de bens e títulos com o mínimo de esforço. Assim foi fácil fazer o
plantio da semente tendo-se em vista que as pessoas pequenas falam de pessoas,
as médias de coisas e somente as de nível mais elevado dedicam-se ao estudo e a
percepção das ideias. Durante duas décadas o povo brasileiro foi se iludindo
com as coisas que os dois mandatos de FHC lhes ofereceram, depois com a
idolatria a um ícone de pés de barro, e deu demonstrações claras de que já
estava idiotizado o suficiente quando elegeu uma criatura que dispensa
comentários. Estava tudo pronto para a farta colheita quando algo deu errado. A
grande influência que sofremos dos ventos advindos do norte da América, fez com
que um ponto fora da curva lá ocorrido, influenciasse profundamente o eleitor
brasileiro. Este votou no primeiro candidato que se apresentou com um discurso
similar ao norte americano e venceu as eleições, colocando água no chope dos
que pensavam ter a hegemonia do pensamento do povo brasileiro. Esperemos que o
futuro presidente e sua equipe, com ideias diametralmente opostas às que
conduziram a nossa nação nos últimos vinte e um anos, não decepcionem seus
eleitores. Muitos fatores levam a crer no êxito, o mais significante são as
críticas vindas de governantes decadentes como Morales, Maduro e Correa. Também
é explícito o desespero irracional dos perdedores procurando fazer críticas ao
futuro governo e, em não encontrando justificativas plausíveis para tal, apelam
para o pessoal. Ou seja: coisa de seres pequenos ou que se apequenam cada vez
mais.
Quando
Mujica, em se livro de memórias, escreveu que Dilma tratava de assuntos
internacionais sob a batuta do regime cubano, alguns não o levaram a sério,
outros se apavoraram tanto que tentaram censurar e outros trataram do assunto
como um fato irrelevante, sem a mínima importância, como se verdadeiro não
fosse. Pois agora descobre-se telegramas trocados entre os governos brasileiros
e cubanos, tabulando como seria a criação do programa “mais médicos”. Isto
antes de ele ser criado sob orientação e exigência dos Castro, para poder
vender os serviços de seus “médicos”.
Uma ditadura
do poder executivo, é uma ditadura; do judiciário, também o é; já uma ditadura
do poder legislativo, é um excesso de democracia.
Afonso Pires
Faria, 25.11.2018.
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