São onze deles, muito bem remunerados para tão somente fazer valer o que
consta na nossa famosa Constituição. Tudo bem que esta obra, chamada de
“cidadã”, tem lá seus dispositivos, artigos, parágrafos, súmulas,
jurisprudências e outras armadilhas que requerem algum estudo. Mas existem
coisas que são claras e cristalinas e um conhecimento primário de lógica
solucionaria o problema. Vejam só o caso do salário mínimo. Este foi criado
para que nenhum trabalhador receba um valor inferior ao que seja suficiente
para atender as suas necessidades básicas como saúde, alimentação, educação,
lazer e moradia, sim MORADIA. Será que nenhum destes magistrados não se deu
conta de que todos eles recebem acima do salário mínimo, e que por consequência
teriam atendidos as suas necessidades básicas incluindo aí a tal moradia? Não é
lógico que somente deve ser contemplado com tal excrescência, em alguma
eventualidade, aquele que recebesse um valor inferior a isto? Ninguém teve a
brilhante ideia de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade sobre o
referido assunto? Ou isto já existe e nenhum dos senhores bem abastados de capa
preta, dignou-se a ler e tomar alguma providência. Em um país em que o
presidente, para aprovar a modificação em uma lei, precisa fazer ministra a
filha de um aliado e que antes já teve de comprar com cargos e liberação de
emendas parlamentares outros votos, definitivamente é um país fadado a
desgraça. Teve até o caso de um presidente que, não satisfeito em comprar a
base, que é de forma legal, utilizou-se da compra individual de cada um dos
votos necessários para sua governabilidade. Quase perdeu o cargo, não fosse o
seu antecessor acudi-lo de forma criminosa de com muitos interesses escusos por
trás.
Afonso Pires Faria, 04.02.2018.
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