Quando da renuncia de Jânio
Quadros, que Jango assumiu o poder, já havia no nosso país células de
guerrilheiros treinados do outro lado da cortina de ferro, prontos para assumir
o poder. Estes, tão logo o vice assumiu, já comunicaram aos seus chefes que já
estavam no governo, faltava agora o poder. Estas palavras são do comandante
maior para este fim aqui no nosso país, o senhor Luis Carlos Prestes. A atuação
da espionagem tcheca a soldo da URSS está fartamente documentada no livro “1964
O elo perdido” de Mauro Abranches Kraenski e Vladimir Petrilák. São 500 páginas
com histórias e uma farta documentação coletada nos arquivos da
Tchecoslováquia, que foram abertos a pesquisa após a sua saída do bloco comunista.
Colaboradores brasileiros eram aliciados com o simples chamado de colaborarem,
não com o comunismo, mas contra o imperialismo norte americano. Depois de
colaborarem a primeira vez, eram subornados a continuar contribuindo, mesmo
dando-se conta de que estavam sendo traidores da pátria. Alguns, mesmo
arrependidos não poderiam voltar atrás sob pena de denuncia e/ou até justiçamento,
outros seguiam contribuindo de bom grado e eram incorporados como agentes. O
nome destes colaboradores e agentes estão citados na obra, e tem muitos nomes
conhecidos que foram alem de informantes e agentes e fizeram treinamento de
guerrilha em países comunistas com fins precípuos de traírem a pátria e a
democracia. Muitos deles receberam polpudas indenizações por que foram
descobertos e tiveram que abandonar o nosso país. Mesmo após a tomada do poder
pelos militares, eles seguiram agindo, de início de forma encabulada, mas logo
voltaram a normalidade. Só foram novamente constrangidos nas ações após o AI5.
Não desistiram, acreditem. E passarei a enumerar a prova disto nos próximos
textos para que fique bem claro que: “o preço da liberdade é a eterna
vigilância”.
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