quarta-feira, 18 de outubro de 2017

VAMOS AOS FATOS.

Vamos tratar dos fatos apenas superficialmente. Vamos mexer neste lamaçal, mas não vamos afundar as mãos no âmago das coisas, pois podemos encontrar algo do qual não cheira bem. Os que não foram às ruas para pedir o impeachment da Dilma, reclamam que agora que a podridão está maior ninguém vai. Pois então que vá quem está reclamando e irão com toda a razão, mas esperar que os outros se manifestem enquanto fica parado cobrando atitude alheia não é do bom alvitre. Mas porque o povo fica anestesiado com fatos tão horrendos? Porque não vai a luta para derrubar este bando de safados que usurpa todo o nosso dinheiro a olhos vistos? Aparentemente o problema é que o inimigo é difuso e o herói inexistente. Quando da derrubada da Dilma o inimigo era ela e tão somente ela e talvez o seu vice. Mas agora temos uma plêiade de inimigos a serem derrotados e eles estão em diversos poderes do governo. É a soma das atitudes que permite esta massa plasma, sem forma, sem textura e sem cor, mas que cheira muito mal. O judiciário fez a sua parte tirando o corpo fora alegando justificadamente que, por ser o guardião da nossa Constituição não poderia agir ao arrepio dela e passou a responsabilidade ao poder que legalmente poderia punir seus pares. Estes, como são muitos, dividiram a responsabilidade entre os vários partidos e não sobrou nenhum mocinho, exceto os partidos de esquerda que estão sem força para protestarem, pois existe a árdua missão de salvar o seu líder maior e toda a artilharia, infantaria; seu exercito, marinha e aeronáutica estão empenhados nesta empreitada. E o executivo, porque o nosso executivo não se impõe e não coloca ordem na casa fazendo valer a sua autoridade, afinal é ele o poder máximo da República. Desnecessário dizer os motivos pelo qual o senhor Temer não se arrisca a tomar qualquer atitude mais ousada. Quando do impeachment, ele já deveria ter sido defenestrado, mas foi poupado para se preservar as instituições que estavam mais fracas do que se supunha e estamos nesta encrenca em que não se pode mirar o inimigo por ele ser em número maior do que se poderia imaginar. Somente uma força maior do que a soma dos três poderes pode aliviar o nosso pesadelo. Mas, a diferença entre o remédio e o veneno, é a dose a ser ministrada. Que, se vier a solução que seja moderada. E isto seria possível vivendo em um mundo globalizado em que estamos? As instituições internacionais não agiriam contrariamente a qualquer solução mais ortodoxa em um país com uma democracia tão verde ainda? Se não tomarmos providência a coisa piora, e pode piorar ainda mais com uma atitude desastrada. 

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