De um lado os que defendem a construção de mais presídios de outro, os
que dizem que, se tivéssemos construído mais escolas seriam desnecessários os
presídios. Uns querem a prisão de quem comete delito, outro diz que os
presídios estão lotados e que são desumanas as condições carcerárias. Mas onde
fica o meio termo, o bom senso e a lógica em tudo isto? Longe, muito longe dos
que tratam do assunto. Geralmente usam ou o fígado ou o coração, quando
deveriam estar usando o cérebro para resolver a equação. Enquanto tiverem
usando a privação de liberdade como vendeta e não como forma de se prevenir
futuros crimes, o problema não se resolverá. Quantos estão presos por terem
furtado um bem de pequeno valor e não ter um bom advogado para libertá-lo, e
quantos assassinos de alta periculosidade estão à solta beneficiado pelo argumento
do seu caríssimo advogado, de que não existe vaga para ele nas lotadas prisões
do nosso país? A senhora Georgina, roubou milhões da Previdência, foi presa, e
agora em liberdade, está usufruindo de todos os bens que ela amealhou com o
crime. Orientada por um bom profissional, soube escamotear-se pelos emaranhados
escaninhos jurídicos e pagou pena curta e escondeu grande parte do seu furto.
Lula poderá ter o mesmo processo, se insistirmos em prender única e
exclusivamente como vingança e prazer em ver o cidadão sofrer. A privação da
liberdade deveria ser exclusiva para aqueles que, em liberdade, representam
risco a sociedade. Se confiscarem todos os bens de Lula e seus familiares que
se beneficiaram com seus crimes, uma pena ínfima de reclusão seria suficiente.
Mas não, o povaréu, quer vê-lo apodrecer na cadeia, causando mais prejuízos
ainda para o erário que tanto ele já dilapidou.
Vocês sabem o que é tergiversar? Não. Eu explico com
um exemplo prático. Quando se expõe uma criança a uma cena de sexo explícito,
isto é crime. Quando a defesa alega que a exposição em si é arte, está
desviando a atenção do principal, que é o crime, para o acessório que é a arte.
A “arte” em si, não é crime, mas sim a sua exposição a um menor. Mas os
especialistas em engenharia social focam no acessório e desviam ainda mais o
assunto, dizendo que estão sendo vítimas de censura, quando na verdade estão
sendo, acusados do crime de pedofilia. O crime é a exposição à criança, não a
exposição em si.
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