É de dar nojo, para não dizer o pior, ao
analisarmos friamente, sem paixões partidárias, o que está a acontecer no nosso
país. Para quem tem um pouco de conhecimento das obras de Gilberto Freire, Raymundo Faoro,
Sergio Buarque de Holanda, Vitor Nunes Leal, Caio Prado Júnior e Celso Furtado,
verá que o que aí está posto já foi anunciado desde o século passado, e pelas
raízes profundas em que estão alicerçados, não será muito fácil alterar esta
política que vige no nosso pobre Brasil. Com o povo mantido na total ignorância
das verdadeiras intenções dos que, de fato, mandam, fica muito fácil enganar o
“gado”, para se manter com as rédeas na mão. Basta para isto criar-se um
simulacro de oposição, travestido de defensor do povo, para ganhar-lhe a
confiança. Basta criar no comparsa, um enganoso ar de inimizade, fazer falsa
oposição a ele, para unir o “gado” em sua defesa. Depois, alia-se ao inimigo, e
quem fica de fora são exatamente os que ajudaram no crime. Os inocentes úteis.
Os poderosos se unem para cometer o crime coma a maior desfaçatez. Para ganhar
as eleições, o PT e o PMDB se uniram. O derrotado PSDB não gostou e agiu para
derrubá-los. Houve traição na chapa vencedora e inverteu-se a ordem dos
participantes, isto com a ajuda do derrotado. A ação do, antes derrotado,
surtiu o efeito quando já não poderia mais, e com o maior constrangimento o
processo teve que ser levado a cabo. Mas como transformar uma derrota certa em
vitória? Não foi muito difícil. Aceitaram uma prorrogação do prazo para início
do julgamento com a desculpa de amealhar mais provas, que eram as delações dos
marqueteiros. Neste meio tempo alteraram a composição do tribunal que os
julgariam, colocando no seu lugar os “confianças”. Depois, sem a menor
cerimônia alegaram que as provas juntadas não eram mais válidas. Ficou provado
que na casa grande e na senzala, os donos do poder, foram fundo
nas raízes do Brasil, e os coronéis com enxada e voto, mostraram
ao povo brasileiro que, no Brasil contemporâneo, quem manda, verdadeiramente,
na formação econômica do Brasil.
Os que estão defendendo o atual governo
do PMDB, não estão pensando em colocar o Brasil em uma ponte para o futuro,
muito menos apresenta-lo a uma pinguela. Com as atitudes tomadas pelos
governantes e seus asseclas, o país está sendo jogado em um precipício.
O julgamento que fez o TSE, da chapa
Dilma/Temer, não eram “às devas”, eram “às brincas”.
Se a sociedade não tivesse tão dividida,
conforme os ditames da cartilha gramcista/leninista, Fernando Henrique, Lula,
Dilma e Aécio, já estariam no cadafalso e a lâmina afiada a lhes esperar.
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