quarta-feira, 7 de setembro de 2016

DISCURSOS DIVERGENTES



                Ao dar maior importância a falta de policiamento e não a impunidade, o governo solicitou a presença da Força Nacional para diminuir o índice de criminalidade. Nada foi feito em relação a impunidade. A resposta veio no fim de semana subsequente ao do incremento no policiamento nas ruas. O maior número de assassinatos em um fim de semana no estado em 2016.

                O que mais impede a boa governabilidade no nosso pais, são os governos de coalizão. Qualquer partido que assuma a presidência da república terá que formar aliança com partidos que, em número de votos, lhes garantam as tomadas de decisões que ele julga importantes para a nação. Da forma que está composto o nosso parlamento, serão necessários no mínimo 12 partidos, cada um reivindicando ministérios e cargos no segundo e terceiro escalão. Não tem ministério para todos. O que se faz? Cria-se mais ministérios e mais estatais para acomodar tanto apaniguado. Etando todos os correligionários acomodados, eis que surgem mais partidos para democratizar mais a nossa representatividade popular. E aumentamos o número de ministérios e secretarias e vamos acomodando mais gente. Até que um dia todos serão funcionários federais.

                A ditadura do “politicamente correto” e dos “modismos” fazem com que muitos países percam a oportunidade de crescer. Não sei, sinceramente, se isto é proposital, por parte dos outros, ou se por pura ignorância dos países que são vítimas desta dupla. Quando se diz que temos que agregar valor ao produto, isto não é uma inverdade e nem uma opção desvantajosa, mas se tentarmos agregar valor a tudo e não optarmos por aquilo que temos de mais vantajoso que é a produção e não a industrialização, poderemos perder uma oportunidade fantástica em um determinado período da história mundial. O Japão, os EUA e a Europa, a muito estão industrializados e a agregar valor a produtos primários. Eles, não tem capacidade de produzir commodities e tem que se contentar em modificar as que outros países produzem. Mas os produtores são estimulados a agregar valor e não a produzir. Qual mesmo a finalidade deste desestímulo?

                Eu não sou hipócrita em não deixar de reconhecer os atos de coragem que teve o governo Dilma. O que eu mais elogio foi o início da reforma previdenciária, modesta, mas que deu uma demonstração firme e clara de que o sistema não se sustentava. Criou o plano 85/95 e deixou uma mensagem subliminar de que deveria ser 95 e 95. O que me assusta é que, agora na oposição, irão criticar toda e qualquer medida que vise salvar a nossa previdência.

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