Tanto o povo,
como parte do governo, estão empenhados em salvar a nação dos erros cometidos pelo primeiro mandato da presidente
Dilma. O problema que em vez de utilizar remédio, que são medidas ortodoxas,
querem tomar veneno, que são mais medidas populares. Se parte do governo, é avesso a
medidas impopulares, parte do povo também é. Qualquer medida que nos prive de
algum benefício, insignificante que seja, é motivo de protesto, choro e
ranger de dentes. Medidas saneadoras para o futuro, como o impedimento de viúvas novas sangrarem os
cofres da previdência e aposentadorias antecipadas com salários vultosos, são vistas como maldades
do governo, quando de fato não o são. Assim como Dilma, sabia que estava mentindo na campanha,
para reeleger-se, opositores hoje, sabem que estão criticando o que deveriam estar elogiando, pois estariam
fazendo o mesmo se tivessem no poder. Se derrubarmos a presidente, aquele que substituir
o atual governo, terá o ônus de assumir para si, as impopulares, que deveriam
ser debitadas à atual mandatária, afinal, foi ela a responsável pelo desastre. Os
protestos são válidos, legítimos e necessários para demonstrar ao governo o erro que cometeu. Deve
também servir para assustar aqueles que se acham donos do poder. O que o povo não deve pedir, é que
para atender a interesses imediatos da população, nada de impopular se faça. É o mesmo que para
matar o carrapato da vaca, se ateie fogo no bovino. Vamos protestar, vamos
botar para fora toda a nossa ira, mas os políticos responsáveis, não tem o direito de inviabilizar as medidas que tem como
intuito a salvação da nação. E a dona Dilma que não se arvore de aceitar ajuda daqueles que se dizem seus
amigos a ponto de pegar em armas para lhe salvar. A cobrança deste heroísmo é impagável. Pelo menos pelas
vias democráticas.
Afonso Pires
Faria, 18 de agosto de 2015.
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