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Sempre fui avesso a intervenção excessiva do Estado na vida do cidadão em sua
individualidade. Quanto menor o perigo que o indivíduo pode causar a terceiros
pelos seus atos, tanto menor deve ser a ingerência estatal na vida do cidadão.
Sou, por exemplo, contra a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, mesmo
sabendo de seu benefício para o usuário. Sou contrario ao Estado obrigar o
cidadão a usá-lo, sendo que o uso ou não do referido acessório, só afeta ao
indivíduo que está ou não usando. O número de mortes com as vítimas
carbonizadas no interior de seus veículos, após estes colidirem e pegarem fogo
tem aumentado nos últimos meses. Isto ocorre mesmo depois de o Leviatã obrigar
todos os veículos a utilizarem extintores mais eficazes no combate a incêndio. A
cobrança de sua posse é feita com eficiência, mesmo que nunca se tenha tido
notícia de que este acessório tenha salvado a vida de alguém. Que o governo não me leve a sério, mas se
obrigar os ocupantes de um veículo a utilizar roupas a prova de fogo ainda
teria alguma eficácia, mas extintor de incêndio. Nunca vi salvar uma vida
sequer.
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Antigamente, no tempo dos governos impopulares, eu recebia a restituição do
Imposto de Renda, era pouco, mas recebia de volta. Nos últimos 10 anos, devido
a correção da tabela, ser sempre inferior a inflação, foi diminuindo o valor a
ser restituído a ponto de nos quatro últimos anos eu venha a pagar além do que
já recolho. Mesmo sendo contra o atual governo e achando tal taxação injusta,
nunca soneguei um centavo sequer. Isto não é nenhum mérito, mesmo porque, o
desconto na fonte dificulta sobre maneira a sonegação. Sentia um certo desprezo
por aquele que me confessava que sonegava o referido imposto, pois achava que,
além de ser desonesto, era um risco muito grande que se corria. A operação
“Zelotes” deixou-me um pouco em dúvida. É de fato válido sonegar? Com tanta
impunidade e leis que adiam e inviabilizam a atuação do Estado. Justamente onde
a lei deveria, de fato agir, esta é benevolente. Mas experimenta andar sem o
cinto e sem o extintor de incêndio para tu sentires a mão pesada da lei.
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O bandido não, mas o cidadão de bem, ainda teme a justiça.
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Ele deveria se julgar impedido. Mas não. Não só não se julgou impedido, como se
ofereceu para participar da turma que irá julgar os crimes do PT. Estou falando
do Ministro Tofoli.
Afonso
Pires Faria, abril de 2015.
Em algum lugar o juiz Oliver Wendell Holmes
disse que o propósito da educação deve ser produzir mentes que não possam ser
ludibriadas. Mas hoje o nosso sistema educacional, do jardim de infância às
universidades, está envolvido na produção em massa de falácias fashion —
propaganda ao invés de educação. Thomas Sowell
Tuas reflexões, especialmente sobre a restituição do imposto de renda, são de fato verdadeiras e oportunas. Um Estado tão onipresente e com tantos tentaculos como o governo brasileiro, praticamente empurra a atividade produtiva para a clandestinidade e a sonegação, sem a qual periga não sobreviver.
ResponderExcluirComo você, sempre recolhi meus impostos. Mas que dá um desapontamento, isso dá.
Eis-me aqui, para que não mais digas que não comento e não leio seus textos, querido primo.
Abraços,
Tarso Teixeira
Obrigado primo, pelo comentário. Atendeste, parcialmente, aos meus apelos. Agora aguardo o complemento. Quero uma crítica. Assim como eu faço contigo, fico procurando um erro para poder discordar e provocar uma rixa. Obrigado mais uma vez e, nos vemos no dia 02.05.2015 no encontro dos primos em São Sepé.
ResponderExcluirAfonso