O que um
gaúcho imaginaria de um amigo que torce para o Inter quando este esta ganhando
e deixasse de torcer quando tivesse perdendo, e passasse a torcer para o time
adversário? Certamente este seria considerado “melancia”, serviria de chacota e
não levado a sério. Mas se para o futebol, que em nada implica nas nossas
vidas, somos tão rigorosos, porque para a política e para a administração
pública, somos tão coniventes com as trocas de opiniões? Vejo hoje partidos da
oposição, defenderem o fim da reeleição com argumentos sólidos de que o
governante, no poder, pode interferir no andamento do pleito, tendo em vista a
sua influência nos meios financeiros governamentais. Ora, estes mesmos partidos
outrora foram os que defenderam e implantaram este expediente, e hoje vendo
beneficiar o adversário repudiam-no. Quando o partido opositor ao atual
governo, supostamente cooptou parlamentares para votar a favor da reeleição
foram veementemente criticados pela adoção de tão nefasta prática. Hoje no
poder se adota descaradamente, e agora com provas contundentes, esta prática.
O partido
que esta na situação jacta-se de ter tido votos nos rincões menos favorecidos
da pátria, alegando que beneficia os desvalidos, no que é criticado pela oposição
que diz serem estes os votos mais desqualificados. Discurso este que era
exatamente o oposto de quando as situações estavam invertidas.
Daí fica
a pergunta: como pode um político que adota tal prática, olhar-se no espelho
pela manhã sem ruborizar-se? Seria ele dotado de tamanha imbecilidade que fica
convencido de que está praticando a coisa certa? O caso Maluf – Sarney – Lula –
Collor – Marina, é emblemático. Odiavam-se e passaram a se amar e amavam-se e
passaram a se odiar, com data certa para novamente alterarem os gostos. Data
esta que será as próximas eleições onde os arranjos serão novamente efetuados e
o ódio vira amor e o amor novamente vira o ódio sem nenhuma cerimônia e sem
nenhuma vergonha na cara.
Afonso
Pires Faria. 01.11.2014.
Resumindo meu Amigo Afonso, Eu digo bem curtinho" A Política é uma Grande Suruba", em que todos gozam e todo mundo é enrabado.
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