INIMIGO NA TRINCHEIRA.

 

 

É no fogo cruzado e no calor da batalha que se forjam homens de verdade. O valor dado ás coisas que temos são diretamente proporcionais ao esforço que empenhamos para conquista-los. Se no primeiro revés, desistimos da empreitada, dificilmente conquistaremos alguma coisa de valor. Amigos, algumas vezes nos causam algumas desilusões. Isto é consequência do período demasiado longo em que estamos em contato um com o outro e dos inúmeros fatos dos quais nos envolvemos com eles. Amizades verdadeiras tem que ser testadas. Fácil ter um amigo que somente lhe traga benefício, difícil é aceitar quando este lhe traz algum problema e tu tens que ajuda-lo, e vice versa. Amigos de ocasião não são verdadeiros amigos, muitas vezes são oportunistas. Meu amigo é aquele que me aponta os erros, não aquele que somente me bajula. O comandante de uma batalha tem que ter o tirocínio de escolher os soldados certos para cada tipo de enfrentamento. O primeiro a ser descartado e irá para a lata de lixo da história é aquele que ao primeiro disparo do inimigo, abandona o fronte. Outros que serão desprezados são os inimigos de dentro da trincheira. Na política não é diferente. O atual governo está lidando com os dois tipos de elementos e tem que ter a paciência de não cometer nenhum desatino. Tem que eliminar um a um dos nefastos oportunistas sem que isto cause trauma no total da tropa. Não seria tão difícil se não houvesse a exiguidade de tempo que se tem para executar toda a limpeza. A mais de 130 anos o nosso país vem sendo dilapidado moral e economicamente e isso nunca arrefeceu, pelo contrário, cada novo governo se incrementa os desmandos. Agora, quando aparece um Presidente disposto a dar cabo dos desmandos, seus apoiadores querem que o trabalho seja feito de forma que eles desejam e com a celeridade impossível de ser implementada. Felizmente as coisas estão sendo feitas na velocidade possível. Mesmo com alguns transtornos como inimigos na trincheira e soldados covardes, o país está dando demonstração de recuperação. Que não tenhamos mais baixas no nosso já exíguo exercito.

Afonso Pires Faria, 06.02.2021.