sábado, 27 de fevereiro de 2021

DEMOCRACIA FRAGILIZADA.

 Houve uma tentativa de implantar um regime de exceção no nosso país em 1935 (comunismo), depois com Vargas em 45, com algum êxito, (fascismo), após com Jango em 1961, (socialismo), interrompida por clamor popular e administrada pelos militares. Intervenção esta que durou de 1964 até 1988. Uma nova tentativa, agora menos traumática e mais polida, com os governos FHC e Lula, foi interrompida novamente com a eleição de Bolsonaro. Mas eu venho dizendo; eles não desistem. Nem bem assumiram o revés e já estão tentando uma nova tomada do poder sem o voto. Não posso dizer a origem por medo de ser preso, mas começa com “S”, termina “F” e tem “T” no meio.

 

O lobo, careca, acusou o cordeiro, grandão, de sujar a água que este bebia, mesmo estuprando a lei da gravidade. O alfaiate poderoso para não alterar o tamanho do terno que confeccionou, preferiu cortar parte dos membros do cliente para se ajustar ao produto. Assim agiram os ministros do STF para condenar o deputado. Algo tem que acontecer para conter a sanha deste lobo e deste alfaiate ou...

 

Dos três poderes da República, o mais fraco seria o judiciário. Sim, ele depende do orçamento do executivo e deve obedecer às leis que são criadas pelo legislativo. Praticamente um escravo. Mas não podemos menosprezar o poder de quem não tem com suas obrigações o menor compromisso. Uma vez descumprido um dos preceitos que regem a sua existência, os demais sucumbem. E eles aproveitam este vácuo sem o menor escrúpulo.

 

Genocídios governamentais somente ocorrem depois da população estar desarmada. Sem isso é impossível. Foi assim em abril de 1915 que o governo turco assassinou mais de um milhão de armênios depois de tê-los desarmados. Stalin eliminou mais de seis milhões de ucranianos em 1930, após seu antecessor, Lenin, desarmá-los. Mais exemplos não faltam. Quando o nazismo se instalou no poder Hitler mandou desarmar toda a população. As tropas de Mao Tsé-Tung capturavam os ricos e os libertavam em troca de suas armas. Alemanha Oriental, Polónia, Estônia, Letônia, Lituânia, Thecoslováquia, Romênia, Bulgária, Iugolsávia, Albânia, Cuba e Venezuela, tiveram o mesmo destino. Diferentemente dos EUA, que incentiva seus cidadãos a possuírem armas. Não é difícil separar todos os governos que desarmaram o povo, dos que incentivam a posse de armas, em diferentes espectros político. Mais fácil ainda é associar desarmamento a ditadura e armamento a democracia. Pois eis que surge no nosso país um ex-presidente prometendo desarmar toda a população em nome da democracia.

Afonso Pires Faria, 26.02.2021.

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