Pois uma jornalista postou em suas redes sociais, que quando o
diálogo não é possível, e não o é, segundo ela, tem mesmo é quebrar e tocar
fogo. Um outro seu colega a censurou e foi condenado pelo órgão que representa
a classe, como se ele tivesse incitando ao crime. Um jornalista gaúcho alegou
que a comunista candidata, perdeu as eleições por ter sido acusada de ser
possível que ela implantasse na capital gaúcha, uma forma de governar
semelhante ao aplicado em um país vizinho e que ela muito admira e defende.
Outro profissional do mesmo meio de comunicação disse que a dona Manuela
deveria explicar melhor o seu comunismo. Qualquer asneira dita por um elemento
que tenha algum prestígio ou cargo, é tido como verdadeiro. As coisas ditas
podem ser o oposto da verdade que, se dita por determinado segmento é verídica.
Ministro diz que o voto impresso pode ser levado para casa e não é fuzilado,
que convenhamos, deveria ser, pelo tamanho da imbecilidade dita por um sujeito
que deveria ter conhecimento suficiente para não pronunciar tal estupidez. Um
deputado é chamado de estuprador e se defende dizendo que, se fosse não
estupraria a acusadora e foi condenado por incitação ao estupro. Agora não
interessa o que foi dito e sim quem disse.
Não podemos discriminar. Vamos aplicar a tal de vacina contra a
peste chinesa democraticamente. Primeiro nos presidiários, depois nos
políticos, juízes do STF, médicos que acreditam nela, nos grupos lgbtyzxk,
negros, favelados e mulheres, não necessariamente nesta ordem. Mas que sejam excluídos
os demais. Passado alguns anos, nós teremos os resultados. Ou eles todos se
salvam e morrem todos os retrógrados, e o mundo vira um “admirável mundo novo”,
ou todos eles morrem por suas próprias escolha e o mundo vira um paraíso.
Com o argumento de se eliminar as injustiças,
propõe-se diminuir as diferenças entres as pessoas. Isto por si só não resolve
o problema se implementado da forma em que se está tentando implementá-la. Não
existe dúvida de que as diferenças causam um mal estar na sociedade, mas se
tentarmos, de forma artificial solucionar o problema, isto somente incrementará
o problema. Igualar as oportunidades é uma forma que alguns consideram
insuficiente. Sim, as diferenças devem ser minimizadas, mas não fazendo a coisa
artificialmente. Se tornarmos iguais os que são sabidamente diferentes,
estaremos criando um problema bem maior do que o anterior e que, as gerações
futuras terão que resolver. Estaremos com isso transferindo o problema que hoje
já é grave, para nossos descendentes.
Afonso Pires Faria, 05.12. 2020.
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