quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

ATÉ QUANDO VAMOS AGUENTAR?

 

Fique em casa. Sim, fique em casa e cobre do governo de plantão que ele lhe supra das suas necessidades mais básicas. Afinal de contas, tudo está positivado na nossa lei maior. O Estado tem o dever de lhe conceder saúde, educação, alimentação, moradia e lazer entre outras coisas. Fique em casa e delegue todas as suas obrigações àquele que tem que, obrigatoriamente lhe servir. Tu tens todo o direito de cobrar dele o cumprimento de suas obrigações e tu não terás nada a dar em troca. Sim, nada. Nada exceto a tua liberdade. Porque se tu estás dependente de um senhor, é lógico que ele nada te dará em troca sem te cobrar alguma coisa, e esta será, certamente muito mais valiosa do que ele está te entregando. Sim, não poupe esforços em participar de atos antifascistas, exigindo exatamente um poder total do Estado sobre ti. Assim estarás cumprindo com maestria o que os teus futuros senhores estão a te exigir. Mate todos os que estão tentando te proteger de fato, pois eles o fazem de forma politicamente incorreta.

 

 

Mais que dificuldade! Sei que as escolas andam a se desviar da sua finalidade primeira que é a de ensinar e está arvorando-se em educar, disciplinar e a doutrinar os seus alunos. Mas e aqueles que foram educados de forma tão correta que lhe permitiu passar em um concurso de direito, frequentar os bancos de ensino e lograr êxito, conseguindo o tão cobiçado “canudo”? Seriam estes também sido doutrinados? Vamos fazer uns testes: João ganhou um caderno e um lápis. Com o que ele ficou? ( ) com o caderno, ( ) com o lápis ou ( ) com os dois? Quem é capaz de errar essa simples questão e tem cultura suficiente para não se equivocar, ou é um distraído, idiota, ou tem algum interesse por trás disso. Pois do mesmo grupelho que pertence a referida criatura, que cometeu um erro similar a este, fazem parte também excelências que negam, com a mesma veemência, o que afirmavam pouco tempo atrás, sem nem mesmo ruborizar-se. Tem lapsos de leituras, quando onde está escrito “dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”, suprime a segunda parte do texto, para que se adeque ao que ele pretende em um futuro próximo; tornar o Estado uma tirania, pois segundo sua interpretação só e somente só o Estado pode defender o cidadão. Isto dito, mesmo depois de um colega seu ter afirmado que: “Toda a tirania deve ser afastada”. O pior é que este energúmeno ainda completou: “inclusive a da maioria que escolhe o executivo”. Sem mais vênia excelência.  

Afonso Pires Faria, 16.12. 2020.

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