segunda-feira, 23 de novembro de 2020

PERDAS IRREPARÁVEIS.

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Estamos perdendo gradativamente e de forma exponencial, as nossas capacidades que nos distinguir dos animais justamente naquilo que eles possuem de mais primitivo. A tolerância, o senso de proporção das coisas, o amor ao próximo, a sociabilidade, tudo isso está sendo esquecido. A união entre as pessoas está sendo cada vez menos sentida. A necessidade de pertencermos a grupos, que antes era exercida de forma natural, hoje é praticamente imposta. Isto causa grandes problemas que para serem minimizados deveriam ser tratados de modo a dizimar e não estimular, como se está fazendo. A perda identitária traz consigo irresponsabilidades. A formação desses grupos, não levam em conta as afinidades familiares ou empatias e sim por uma causa artificial criada com fins sabidamente nefastos. Existe uma intenção de conquista por parte de uma hegemonia no mundo e estes não medem esforços para alcançar o seu intento. A divisão é a forma mais eficiente de aviltar a força do inimigo. Qualquer atitude tomada individualmente, logo é ou minimizada ou maximizada, de acordo com o grupo em que a grande mídia resolver classificar os envolvidos. Vários crimes são cometidos em uma grande cidade por fins muitas vezes fúteis. Se um morador de um bairro pobre fica devendo no mercadinho da esquina, normalmente ele fica mal falado, perde o crédito e talvez seja importunado pelo credor, mas dificilmente isto chega a vias de fato. Já a dívida de um consumidor de drogas, mesmo que de valores menores, na grande maioria das vezes é pago com a vida do devedor. Não existe tolerância neste caso e a tamanho da dívida é ignorada. O grupo a que pertencem os envolvidos é que vai definir o seu desfecho. Se o evento ocorrer dentro de um grupo familiar, o chefe resolve o assunto com uma boa conversa com os envolvidos e o assunto não ultrapassa o âmbito familiar. Em um grupo artificialmente formado a empatia entre os partícipes quase que não existe os instintos animais se aflora e prevalece. Alguns casos de desfecho semelhante, muitas vezes são tratados pela imprensa, de forma muito diferentes e diametralmente ao oposto do que deveria. Um elemento que assediou uma mulher na rua foi espancado até a morte por populares, outro agrediu uma pessoa e também foi espancado até a morte. Uma agressão física é mais grave do que um assédio e os desfechos foram iguais. Um deles teve enorme repercussão e o outro ocupou as notícias das páginas policiais. Protestos? Sim em ambos. Um causou a morte do infrator e o outro em defesa do agressor. O crescimento patrimonial desproporcional, causa aversão àqueles que não foram contemplados proporcionalmente com a divisão da riqueza. A maior parte da distribuição é auferida por famílias regiamente estruturadas. Os que tem melhor organização e uma estrutura familiar mais consolidada, tendem ao progresso mais fácil e rapidamente. Aos que não querem se submeter a estes preceitos, cabe a menor parte do quinhão. A forma mais fácil de se igualar ao superior, mesmo não sendo a mais ética, é fazer com que a classe de cima desça. A desestruturação do fator que a faz crescer é inevitavelmente o alvo. Desorganizar a família e inverter os conceitos é uma receita perfeita para se lograr êxito na empreitada. Conceitos esdrúxulos são utilizados para se quebrar paradigmas que mantem intactos os pilares do progresso. A família pode inexistir como antes existia. Agora ela pode ser composta por pessoas do mesmo sexo e a caminho de um grupo tão heterogêneo que se dito agora seria inacreditável. Os valores são deturpados e colocados de cabeça para baixo. Tipificações de crimes são criados para favorecer certos elementos da sociedade ditos desfavorecidos. Aqueles que não ascenderam, terão privilégios criados para si. Independe do motivo deste fracasso. A inversão da pirâmide moral está cada vez ficando mais preocupante. Se um trabalhador branco agride um negro, independe o caráter de um ou de outro. O primeiro ilibado e o segundo marginal não é suficiente para atenuar o fato, mesmo havendo motivos para que ele ocorresse. O fator a ser levado em consideração é o mais desprezível possível; a cor da pele. O caso ganha proporção exagerada, nada comparada ao traficante que desconfiou de um servidor seu e o esquartejou e entregou sua carne aos seus cachorros e não sem antes ter queimado seu filho ainda vivo em um artefato de pneus com combustível as vistas do pai, que seria punido posteriormente. Estes atos cruéis ocorrem com frequência, mas a mídia covarde não tem coragem de denunciar pois teme as consequências, assim como a senhora negra esfaqueada em uma igreja por uma seita religiosa que não perdoa infiéis e nem quem os denuncie. Não temos jornalistas no nosso planeta, temos sim um bando de covardes, vendidos, hipócritas e assassinos passivos.

  

Afonso Pires Faria, 23.11. 2020.

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