Penso que o correto no comportamento civilizado é chamar as
coisas pelo nome que elas de fato são. Isto torna a comunicação mais fácil e
também mais honesta. Se eu preciso camuflar algo para que seja aceita, é porque
boa coisa não é. Deveria ser permitido todo o tipo de manifestação pacífica.
Todas as religiões e partidos políticos. Se pode o comunista, pode o nazista e
fascista também. Pouco diferem uns dos outros. Se tu não gostas de negro, de
mulher, gordo, magro, feio ou judeu, não poderia ser crime tu manifestar o teu
gosto, desde que pacificamente. A proibição faz com que os sentimentos sejam
contidos e escamoteados. O nosso papa, por exemplo, manifestamente esquerdista
e comunista, não admite tal preferência. Por quê?
Houve um crime no interior de uma cidade qualquer, de qualquer
estado do nosso Brasil. Tudo leva a crer que este, foi praticado por mais de um
elemento. Seriam 3 ou 4. Um dos criminosos havia descumprido um trato com os
comparsas e estes fizeram chegar aos ouvidos das autoridades o seu nome. Foi
ele preso, julgado e condenado. Apelou e perdeu, por mais duas vezes. A
sociedade ficou satisfeita com a prisão do sujeito, mas quando descobriu que
haviam outros envolvidos, desejou que estes também fossem punidos. Sabem o que
estão propondo os juízes? Que se solte o condenado. Se não se prendeu todos de
uma vez, que se solte o já encarcerado. Se a moda pega, não haverá mais presos
no nosso país, já que nunca conseguiremos condenar todos com a mesma
celeridade. Qualquer semelhança com a tentativa de livrarem as condenações do “nove
dedos”, porque um dos juízes que o julgou fez “vistas grossas” para uma parte
dos envolvidos, não é mera coincidência.
Afonso Pires Faria, 10.10.2020.
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