domingo, 1 de setembro de 2019

JUSTIÇA QUASE IMPOSSÍVEL.


O apressado come cru, ou boi lerdo bebe água suja? De acordo com as conveniências muitas vezes nos utilizamos destes provérbios para justificar nossas teses. Os crimes, por evidentes que possam parecer, mesmo assim podem não serem verdadeiros. Fica sempre a dúvida de sua efetiva materialidade. Com o passar do tempo, vamos adquirindo um pouco mais de prudência e os estudos fazem com que tenhamos mais cuidados nas nossas escolhas e consequentemente mais acertos nelas. É muito pouco provável que os delatores, na operação lava jato, faltem com a verdade. Eles devem apresentar provas materiais para que obtenham o benefício da redução da pena. Além da prova ser concreta, terá que ter legalidade e legitimidade. Muitas vezes a verdade está cristalina, mas não existe lei que permita aplicação de uma pena. Vejam os casos dos codinomes que constam na lista da Odebrecht. Todos sabem quem são: Botafogo, Coxa ou amante, montanha, caju, e muitos outros. Todos devidamente identificados. Mas porque ainda não estão presos? Não podemos ser levianos em culpar as autoridades responsáveis pela aplicação da pena pelo fato de ainda estarem impunes. Não possuímos o teor completo do processo. Mas a punição moral, esta não deveria ser perdoada. Ao serem entrevistados, cada um destes deputados, senadores e demais larápios, deveriam ser esfolados moralmente pelo entrevistador. Eu faria assim: senhor Rodrigo, botafogo é o senhor? O delator falou que sim, estaria ele louco? É doente ou masoquista em falar uma inverdade destas sujeito a perder seu benefício? O senhor sabe que ele tem provas concretas de que o botafogo é o Rodrigo e o senhor só não está preso por ter foro privilegiado e porque as provas podem não serem válidas juridicamente, mas existem? Que o senhor é um malfeitor, o senhor sabe? E sabe que só não está preso ainda porque nossas leis o protegem? E finalmente perguntaria: com quem aprendeste a roubar tão bem assim? Vem de berço? Portanto meus amigos, tenhamos a prudência daquele governante que, acuado pelo povo, em seu automóvel foi perguntado pelo motorista que velocidade deveria imprimir na retirada, no que foi respondido: não tão devagar que possa parecer provocação e nem tão rápido que possa parecer covardia.

Estes 11 sub cidadãos que se fantasiam de corvos, aviltando assim a imagem desta ave, nos fazem descrer da influência divina nos atos no que tange a justiça, no nosso país. Agisse Deus para conduzir a boa justiça, transformaria em pó, cada um destes abutres, ou abortaria os seus nascimentos. São pagos, única e exclusivamente para interpretar um livrinho com leis, porcas o suficiente para destruir uma nação e mesmo assim o fazem de forma tão diametralmente oposta ao que lá está escrito, que conseguem torna-las ainda mais nefastas. Só por milagre estamos sobrevivendo.
Afonso Pires Faria, 01.09.2019

Um comentário:

  1. Uma explicação que me deixou assustada. Mas, é bem por aí. "Vão as leis pra onde querem os reis"... ou seja os poderosos. Sempre existe um jeito de nos fazer ver diferente. E, que somos obrigados a aceitar ou não. Ficamos tristes muito tristes. Infelizmente!!!

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