Definitivamente
estamos sendo testados. Todos nós sabemos que o roubo é crime e o interceptador
do material roubado é tão criminoso quando o ladrão. A coisa começa a ficar um
tanto estapafúrdia quando isto é feito às claras, com o olhar complacente das
autoridades. Uma regra que é muito imaculada é o segredo profissional. Um
advogado tem o direito de preservar o pagador de seus serviços, mesmo havendo
sobre ele evidencias de uma motivação escusa. Pois não é que agora estes dois
crimes se misturam, ambos para atacar o atual governo. O advogado do
esfaqueador do Bolsonaro teve o segredo de seu pagador garantido, mas o mesmo
não está sendo considerado pelo repórter que simulou consulta com uma psicóloga
e vazou suas conversas profissionais. Somente será processado por ingenuidade,
excesso de glamour ou confiança de que será absolvido. Um advogado, travestido de jornalista rouba
informações de conversas privadas, divulga e alega que recebeu de terceiros e
nada lhe acontece judicialmente. Como explicar para um marciano que visite o
nosso planta que isto está acontecendo? Roubar é crime, comerciar também, mas no
caso houve o roubo e o comercio com impunidade para ambos. Revelar informação
profissional pode se for para prejudicar o governo, se for para acobertar uma
tentativa de assassinato, o sigilo é garantido. Somente serão punidos os
infratores, se deixarem pistas que possibilitem a justiça a provar a ligação
entre a fonte e o divulgador. Por enquanto eles contam com a incompetência da
polícia e os escaninhos da justiça, que permitem filigranas jurídicas que
impossibilitam a punição de criminosos. É
mais um teste para ver até onde podem chegar. Se nada acontecer eles avançam
ainda mais.
Afonso Pires Faria, 24.09.2019.
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