segunda-feira, 2 de setembro de 2019

INFLUENCIANDO AS MENTES.


Penso ser de bom tom não fazermos distinção das preferências ideológicas das pessoas que ocupam cargos públicos, desde que estas não influenciem nos seus procedimentos. Acusam Deltan Dallagnol de ser esquerdista. Ora se for esquerdista, neste caso pouco importa, pois está a fazer um bom trabalho e, aparentemente demonstra isenção. Como diz um ditado inglês: “Não interessa a cor do gato, o que importa e se ele sabe caçar ratos”.

O pt já deixou de ser um partido político para se transformar em uma facção criminosa. O oposto do que ocorreu com as Farc na Colômbia, que fez o caminho oposto. A desgraça para a facção brasileira é que, justamente agora que o mundo está dando uma guinada à direita, eles estão se dirigindo no sentido oposto.

O pós-verdade está inoculando a mente de alguns brasileiros, majoritariamente aqueles que foram educados nos métodos adotados pelos últimos governistas. Eles acreditam em um criminoso que invadiu a privacidade de autoridades, alegando que são criminosas as conversas perfeitamente legais entre membros de uma força tarefa imbuída em quebrar os paradigmas de que, quem tem dinheiro não vai preso, mas consideram totalmente inúteis as delações feitas, legalmente, por quem antes, lhes eram servis. Tudo o que Palocci conta, com detalhes verossímeis, são considerados suspeitos, mesmo dentro de todas as prerrogativas legais. Agora uma escuta telefônica criminosa e que nada tem de suspeito é considerado verdadeiro e deve ser considerado como tal. Pior. O tal de stf comunga com isso.

Os legalistas defendem que se faça justiça, mas que esta seja efetuada estritamente dentro dos rigores da lei. Parafraseando o lema fascista: tudo dentro da lei, nada fora da lei, tudo para a lei. Seriam eles ingênuos por não se darem conta que a nossa legislação permite ou até exige que a sua letra fria tenha interpretação? Com esta conversa criminosa, já enterraram muitas operações, que se levadas a termo já teríamos a maioria dos parlamentares e autoridades, reclusas. Se querem aplicar a lei ipsis litteris, como explicar que vossas excelências não são tão iguais perante a lei quanto um cidadão comum?
PS: É de propósito que me utilizo das iniciais de algumas instituições em letras minúsculas. É que elas assim merecem.
Afonso Pires Faria, 02.09.2019

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