sexta-feira, 7 de setembro de 2018

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FACADAS.


É sempre temerário falar de assuntos polêmicos com os ânimos ainda exaltados. Quando os fatos ainda estão sendo avaliados mais com o fígado do que com o cérebro. É agora o caso da facada dada no candidato Jair Bolsonaro. As evidências dizem que o ato foi cometido por um maluco que, sem condições de discernimento suficiente para separar o que é lógico do que é fantasioso, levou ao pé da letra tudo o que lhe falavam do candidato. Assim como Lula ao dizer que Pelotas era um polo exportador de veados não o tornou um homofobico, também não deveria tornar o candidato esfaqueado um racista por ter se utilizado de uma medida diferente do padrão para se referir ao peso de um afrodescendente. Se esta foi a causa real do atentado, o caso não é grave, é apenas um alerta para os incitadores do ódio tomar mais cuidado com as palavras, pois se sabe que a capacidade cognitiva média do povo brasileiro é ínfima. Outra possibilidade que se aventa, e que eu não gostaria que fosse verdade, e torço para isso, é que o elemento tenha tentado tirar a vida do Bolsonaro com fins ideológicos e o pior, a mando de alguma organização. Toda e qualquer dedução apressada é despropositada e perigosa. Existem vários vídeos do momento do ataque e eles serão uma forte arma para se desvendar o que, de fato ocorreu. O agressor foi preservado com vida e será interrogado. Algumas imagens mostram que existiam mais pessoas coniventes com a atitude do portador da arma branca. Se confirmado, é um fato que diminui a possibilidade da primeira hipótese embora não a elimine. Somente será considerada frágil esta tese de ação individual e impensada se, como algumas imagens se confirmarem de que mais de dois elementos foram partícipes do ato. Se o elemento é maluco para cometer um ato insano é compreensível, mas se consegue um comparsa para ajuda-lo, já é difícil de aceitar. Mas dois, seria necessária uma cabeça pensante para convencê-los de se agir com tamanha temeridade e não seria um maluco que o faria. Que se espere alguma investigação mais precisa e que o caso não fique semelhante a morte do presidente Kenedy, em cujo o pretenso assassino foi morto sem ter se concluído todas as investigações, e nem como a do caso do prefeito Celso Daniel, em que a maioria das testemunhas foram eliminados conforme as necessidades. Seguimos esperando, caminhando e cantando, até que se esclareçam os fatos.
Afonso Pires Faria.

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