Os defensores do bandido Lula, não se conformam em vê-lo
preso. Alegam inocência com um argumento falso de que não há provas, que não
existe um documento que comprove a propriedade do famigerado triplex para ele.
Esta defesa é similar a de um acusado de furto alegar a inexistência de um
cadáver. Pior, a inexistência do referido documento é justamente o fato que
incrimina o senhor Luis Inácio. Para quem acha esdrúxula a solicitação do corpo
para a comprovação de um roubo, deveria corar de vergonha com a solicitação de
algo que é exatamente o que a ausência incrimina o réu. Alegam também, como se
isto o isentasse do crime, que outros no passado também cometeram desvios de
conduta similares e não foram punidos. Ora, existem circunstâncias variadas em
um julgamento. Quantos cometem crimes bem menos graves do que o assassinato de
um prefeito e são condenados e, no entanto os que tiraram a vida de Celso
Daniel continuam impunes. Varias são as nuances que envolvem o esclarecimento
de ilícitos. Um bom advogado tem maiores chances de salvar o réu do que um
rábula medíocre. As provas coletadas, as omissões, o contexto, a competência
dos agentes investigadores e dos assassinos que fizeram um planejamento mais
cuidadoso para o cometimento do crime. Muitas são as variáveis. Portanto o fato
do molusco estar preso tem de tudo um pouco e não podemos deixar de considerar
o fato político também. Assim como não podemos deixar de considerar, devemos
ter presente que ele é apenas um dos fatores a ser considerado e convenhamos
muito insignificante. Deixar de considera-lo é um desrespeito a inteligência dos
cidadãos, mas também achar que o ex presidente só está preso por isto é
considerar que todos são uns idiotas plenos. Para os que utilizam o argumento
de que ele não poderia estar preso porque outros no passado cometeram crimes
similares e não o foram, poderíamos alegar que o trisavô este defensor tinha
escravos e também não foi preso. As leis e os costumes mudam. As facilidades de
esclarecimento de mal feitos se aprimoram e fica cada vez mais difícil se
cometer ilícitos sem ser descobertos. A prisão de Lula para mim pode ser
classificada como uma “tempestade perfeita”, ele deu muito azar. Aceitou uma
propina em hora errada, de pessoas erradas, confiou em pessoas que não devia,
considerou-se inimputável e teve o maior azar ainda, pegou um juiz com
competência, sério e corajoso para aplicar-lhe a pena. Isto seguido de uma investigação
que evitou repetir erros cometidos em casos anteriores e assim obtiveram êxito.
Pelo menos até agora, pois não se pode duvidar de nada na nossa justiça tendo
em vista o arcabouço jurídico favorável ao cometimento de crimes,
principalmente por quem tem dinheiro e poder, e convenhamos nem um e nem outro
faltam, ou faltavam ao mais ilustre presidiário do nosso país.
Afonso Pires Faria, 01.08.2018.
Tenho todas as manhãs uma pergunta que acorda junto comigo. Para minha sorte ja não ronca em minhas noites:
ResponderExcluir"Por que Ele ainda é defendido, diante de tantas "provas" e indícios."
Respondo com poucas possibilidades, que estas pessoas não acreditam, de verdade. É mais "confortável" e mais benéfico dizer que foi injustiça. Certamente estas pessoas não sas ignorantes sobre os fatos; mas lhes convém mais dizer assim.
Suas beneces estão perigosamente ameaçadas. Tantas vantagens, por tanto tempo... E agora isso. Primeiro o "golpe". E agora isso.
Parabéns pelo artigo.