quarta-feira, 25 de julho de 2018

VAMOS BRINCAR DE FAZER MÁGICA?

Aproxima-se a época de eleição e vem aí a caça aos votos. Como atrair a maioria dos eleitores? Falando “economês” ou “juridiquês”, não é que se vai conseguir angarias simpatias. Explicando a situação do nosso país e demonstrando que somente se pode salvá-lo, com muito sacrifício de toda a população, muito menos. O que fazer então? A linguagem jurídica, econômica e lógica não atingem sequer míseros, 10% da população. Ao suprimirmos cada um destes itens, incrementaremos no mínimo 5% no nosso espectro eleitoral nos dois primeiros e 40% para o terceiro. Falando fácil e totalmente fora da lógica, o sucesso é certo. Uma pitadinha de silogismo temperado com umas pequenas doses de tergiversações acrescidas, de demagogia, e está pronto o cardápio para o candidato ser eleito.  Para ser simpático à causa mais em voga, a opressão e a desigualdade, o ideal seria prometer uma maior liberdade e um igualitarismo. Isto sempre sem exigir do cidadão nenhum sacrifício. O lógico seria criar riquezas para distribuir para toda a população. Daí, estaríamos a desagradar a duas premissas: igualitarismo e sacrifício para gerar riquezas. Se distribuirmos igualitariamente, estaríamos beneficiando o mais rico em igualdade ao mais pobre e isto não é justo. Se alterarmos a proporção para o lado dos mais pobres, logicamente estaríamos ferindo o preceito sagrado do igualitarismo. Para os que deturparam ainda mais as ideias malucas de Marx, o correto mesmo é: tirar dos mais ricos e dar aos mais pobres. Somente assim a sociedade se encontrará em harmonia. Fica então a criação de riquezas prejudicada, pois de qualquer forma que formos distribuí-la, será injusto. Para os demagogos de plantão, criar riquezas vai somente aumentar a desigualdade, não importando se esta vai melhorar ou não a vida dos mais pobres. Importa sim é piorar a vida dos mais ricos. Grande parte do eleitorado votará em quem fizer esta promessa. Esta gente prefere tirar de um para dar para o outro do que criar riqueza para ser distribuída. É fazer a mágica de enriquecer sem criar riquezas. 

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