Muitas vezes somos iludidos por
frases feitas em um determinado momento e aplicadas em outro diametralmente
oposto ao primeiro. Vejamos por exemplo o “I have a dream” de Luther King, este
poderia também ser utilizado por Hitler, que também tinha um sonho, o de salvar
a Alemanha da miséria, e salvou. Mas a que preço? Stalin, Lenin e Marx também
tinham sonhos que foram realizados às custas de 20 milhões de mortos. Ditos
inocentes, se descontextualizados, tornam-se inócuos ou até mesmo perversos.
“Olho por olho, dente por dente” que foi criado para evitar a barbárie de se
cometer o assassinato de alguém por um motivo fútil, foi atenuado como se fosse
para se evitar uma simples vendeta. Quando se pensa que a coisa está ruim, ao
se utilizar de forma errônea um dito, vem alguém da mais extrema candura e o
piora ainda mais. Gandhi, teria dito que “olho por olho, a humanidade
terminaria cega”, estimulando a não reação a violência de outrem. Mas fica a
dúvida de que se, a não reação a uma violência não estaria sendo feito um
estímulo a barbárie. Se no olho por olho a humanidade terminaria cega, olho por
nada, somente metade da humanidade perderia a visão, e justamente a que foi
agredida primeiramente e de forma injusta. Ficaríamos assim a mercê dos
malfeitores.
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