Passado o primeiro
turno das eleições para prefeito, ficou dado o recado de que o povo entendeu
que o Brasil precisa de uma reforma. Talvez entenda de uma vez por todas que um
governo que promete dar a ele mais do que arrecada, em pouco tempo submergirá.
Não existe a possibilidade de se tirar de um lugar por muito tempo, mais do que
lá se coloca. O povo a 20 anos pediu isto e teve. A nossa política ficou tão
fragilizada com este vendaval que assolou no nosso país, principalmente nos
últimos 13 anos, que, acabou-se o pouco de ideologia que havia em nossa terra.
Instalou-se novamente na nossa pátria o bipartidarismo, só que agora os lados
não são de esquerda e direita e sim os que defendem o continuísmo do
atendimento a interesses e privilégios de alguns e agora, e aqueles que querem
um Estado que possa atender as expectativas de todos no futuro, com o
sacrifício agora. Basta o atual governo
mostrar ao povo a abissal diferença que existe entre o que são direitos e
privilégios. Os privilegiados, malandramente, convencem a maioria, com um
discurso fácil, de que se lhes tirarem os privilégios o resto do povo não terá
direitos, quando é exatamente ao contrário. A manutenção do atual estado de coisas
tornará o nosso país ingovernável. Peço a todos que olhem com um olhar mais
aguçado para os deputados que se dizem defensores dos direitos, se na verdade
ele não está defendendo sim, privilégios imediatos a poucos. A arte de
transformar defeitos em qualidades, tem sido utilizada pelos governos
populistas, com muito sucesso. Um exemplo claro disto é a elevação do salário
mínimo acima do nível de produção, tanto do trabalhador, quanto da empresa. Se
um trabalhador, não produz o mínimo do que ele custa, que é o dobro do que lhe
pagam, ele fica impossibilitado de encontrar emprego na primeira crise que
existir no país. É o que está acontecendo no Brasil. Doze milhões de
desempregados, todos sem qualificação. Houvesse a possibilidade de um emprego
em meio turno com a metade do salário, seria mais fácil encontrar colocação,
mas a nossa legislação trabalhista, com excesso de direitos, entre eles o
tabelamento do salário, impede sua colocação. Prestem a atenção, muita atenção,
com os falsos profetas, aqueles que em vez de defender direitos, na verdade
estão a defender privilégios, e que geralmente são os deles. Estas eleições,
pelo visto, legitimaram o que o partido que saiu do poder chamou de golpe. Se
era voto que faltava para demonstrar a insatisfação popular, agora não falta
mais nada. Tomara que até as eleições presidenciais, o povo não se deixe
novamente iludir pelo canto da sereia, pelo discurso fácil e demagógico dos que
prometem dar ao povo aquilo que não existe.
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