segunda-feira, 10 de outubro de 2016

FALSOS PROFETAS



               Passado o primeiro turno das eleições para prefeito, ficou dado o recado de que o povo entendeu que o Brasil precisa de uma reforma. Talvez entenda de uma vez por todas que um governo que promete dar a ele mais do que arrecada, em pouco tempo submergirá. Não existe a possibilidade de se tirar de um lugar por muito tempo, mais do que lá se coloca. O povo a 20 anos pediu isto e teve. A nossa política ficou tão fragilizada com este vendaval que assolou no nosso país, principalmente nos últimos 13 anos, que, acabou-se o pouco de ideologia que havia em nossa terra. Instalou-se novamente na nossa pátria o bipartidarismo, só que agora os lados não são de esquerda e direita e sim os que defendem o continuísmo do atendimento a interesses e privilégios de alguns e agora, e aqueles que querem um Estado que possa atender as expectativas de todos no futuro, com o sacrifício agora.  Basta o atual governo mostrar ao povo a abissal diferença que existe entre o que são direitos e privilégios. Os privilegiados, malandramente, convencem a maioria, com um discurso fácil, de que se lhes tirarem os privilégios o resto do povo não terá direitos, quando é exatamente ao contrário. A manutenção do atual estado de coisas tornará o nosso país ingovernável. Peço a todos que olhem com um olhar mais aguçado para os deputados que se dizem defensores dos direitos, se na verdade ele não está defendendo sim, privilégios imediatos a poucos. A arte de transformar defeitos em qualidades, tem sido utilizada pelos governos populistas, com muito sucesso. Um exemplo claro disto é a elevação do salário mínimo acima do nível de produção, tanto do trabalhador, quanto da empresa. Se um trabalhador, não produz o mínimo do que ele custa, que é o dobro do que lhe pagam, ele fica impossibilitado de encontrar emprego na primeira crise que existir no país. É o que está acontecendo no Brasil. Doze milhões de desempregados, todos sem qualificação. Houvesse a possibilidade de um emprego em meio turno com a metade do salário, seria mais fácil encontrar colocação, mas a nossa legislação trabalhista, com excesso de direitos, entre eles o tabelamento do salário, impede sua colocação. Prestem a atenção, muita atenção, com os falsos profetas, aqueles que em vez de defender direitos, na verdade estão a defender privilégios, e que geralmente são os deles. Estas eleições, pelo visto, legitimaram o que o partido que saiu do poder chamou de golpe. Se era voto que faltava para demonstrar a insatisfação popular, agora não falta mais nada. Tomara que até as eleições presidenciais, o povo não se deixe novamente iludir pelo canto da sereia, pelo discurso fácil e demagógico dos que prometem dar ao povo aquilo que não existe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário