segunda-feira, 14 de setembro de 2015

NÃO AO IMPEACHMENT - Fica Dilma

Já fui tido como sectário, como radical de oposição, fanático e outros adjetivos menos publicáveis. Vou aceitar aqui a pecha de radical, “pero que no mucho”. Já disse que sou contra o populismo, e que os governos do Lula e da Dilma foram voltados exclusivamente a este tipo de governo. Pior, com a finalidade única de se manter no poder. Talvez tenham fracassado, é cedo ainda para se afirmar isto, pois tenho as minhas dúvidas,  de que esta crise não é estrategicamente programada. Se sim, acho que erraram o tempo, ela veio antes do que deveria e está causando problemas para ser solucionada a tempo de se criar uma maior para apagar esta, como vem sendo feito desde que o PT assumiu o poder. Não vejo na saída da presidente a solução para o problema pois, se ela sair não levará consigo os males que ela e seu antecessor implantaram no nosso país. Os que assumiriam o poder na linha sucessória, tampouco teriam a credibilidade necessária para uma união parlamentar que desse ao país uma esperança, pois teriam que tomar medidas amargas que, com o povo inculto que temos, seriam boicotados em qualquer medida saneadora, amarga, porém necessária. Como a imensa maioria do nosso povo, não consegue enxergar a democracia, e a legitimidade de um presidente alem do voto, a única pessoa que poderia tomar medidas impopulares seria a atual presidente. Aliás, já andou tomando algumas, sem alarde e de grande impacto, para o futuro do nosso país. Maquiavel no seu clássico “O Príncipe”, fala que os males deveriam ser feitos, todos, de uma só vez, em doses cavalares e sucessivas para que os governados não tenham tempo de protestar da implantação da primeira, e já tivesse que se preocupar com a segunda, e com as outras que certamente viriam. O país não resistirá, isto é certo, sem um aumento significativo de impostos. Pois que seja tomada esta medida impopular e em sequencia outras patrióticas como redução da idade mínima para aposentadoria, corte de alguns programas sociais que não trazem nenhum retorno, senão eleitoral, e medidas exemplares, mesmo que não tenham quase nenhum impacto econômico e sim somente simbólico, como a diminuição de ministérios e outras medidas para as massas aplaudirem, e que virão como estofo. O primeiro imposto a ser criado, sugiro que seja  a CPMF. Os parlamentares demagogos, a princípio, serão todos contra, mas diante de uma promessa da atual presidente em não apoiar nenhum candidato a sua sucessão, e declarar a sua total independência do atual partido que lhe empresta a legenda, poderá fazer com que muitos ambiciosos revejam a sua posição, na ânsia de tirar disto algum proveito. Para mim bastariam as duas primeiras medidas. Aumento de impostos e corte nos programas. Mas para o seu sucesso, certamente, terá de vir com alguns penduricalhos para o povaréu de deliciar.

Afonso Pires Faria, 14 de setembro de 2015. 

Um comentário:

  1. Afonso. Você esquece que a crise é de confiança, falta de credibilidade e falta de esperança. A permanência da Dilma (e PT) no governo só agrava essa situação. Depois que a população e o mercado tomaram conhecimento do esquema de corrupção bilionária, da preferência do governos em ajudar os Hermanos de ideologia com investimentos vultosos, antes de olhar o próprio país com graves problemas de infraestrutura, depois que perceber que a própria eleição pode ser sido maquiada, e que o BNDES pode ter um furo 10 vezes maior que o da Petrobrás, se conclui que a crise é de Confiança. Não é armada. Ou o que se apurou até agora na Lava Jato é algo inventado? Porque os delatores já concordaram em devolver milhões? Acho que a renúncia da Dilma seria o único ato digno que ela poderia cometer. Os novos que entrariam no poder não seriam supostamente mais honestos, mas vejo com a saída da Dilma (e PT) duas soluções: o Brasil não seria um país Socialista Bolivariano com todas as suas desprezíveis características e, o mercado Interno e Externo, teria ESPERANÇA e EXPECTATIVA que algo poderia mudar. Isto, por si só, já afetaria positivamente as coisas para o caminho do fim da crise. Ah! Você citou além do aumento de impostos, o corte de programas.. Não acredito em nenhum dos dois. Tem que cortar a estrutura paquidérmica do Estado. 15 a 20 ministérios, e com estrutura enxuta, produtividade e eficiência. O resto, é deixar o mercado trabalhar, é dar incentivo. Mas, para isso o PT tem que sair do governo, pois uma coisa é incompatível com outra. O Socialismo só funciona enquanto puder usar o dinheiro do outro. Ele não sabre produzir e multiplicar.. Abraço. Roberto Machado

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