domingo, 1 de fevereiro de 2015

SOBRE O RUMO DA NOSSA PÁTRIA.

Ouvi dia 29 no canal de televisão NBR um café do ministro secretário geral da presidência Miguel Rossetto, com blogueiros, todos chapa-brancas. Fiquei encantado em ouvi-lo falar de um Brasil que eu não conhecia ainda. Mas não foi só o país que se engrandeceu nas palavras do ministro, o governo também. As perguntas foram todas no sentido de fazer com que Rossetto falasse maravilhas do governo. A pergunta mais constrangedora foi de uma blogueira que cobrou do governo uma atitude mais a esquerda em matéria de reforma agraria.

Tenho visto falar que muitos brasileiros empresários e profissionais liberais de alta estirpe, estão deixando o Brasil para morar no exterior. Mas isto é facilmente recompensado, no sentido de se manter estável o número de habitantes brasileiros pois sempre houve e sempre haverá migração, as fronteiras dos países estão cada vez mais permeáveis, facilitando assim este fluxo migratório. O problema é a qualidade do que estamos recebendo e o que estamos exportando. Saem àqueles que produzem e pagam impostos e entram elementos que dependem do Estado para sua sobrevivência. Se a vaca pasta menos e tem que dar mais leite, vai que um dia adoece e morre.

O governo, vez por outra, tem que deixar de atender aos clamores populares, caso contrario não seria um governo democrático e sim anárquico. Deixar de atender aos anseios da maioria por um determinado tempo causa desgaste ao governo, se o tempo e os anseios forem preteridos por um tempo demasiado extenso, pode o governo sofrer uma derrota eleitoral, mas se forem em doses homeopáticas, muitas vezes salva a nação. O que não se pode jamais é ignorar a realidade. Um governo descolado da realidade pode não estar fadado ao fracasso, mas a nação à que ele governa certamente estará. Qualquer semelhança com o que estamos vivendo e com os discursos do nosso governo, não é mera coincidência.

É logico que o governo quer preservar as empresas e sacrificar os seus dirigentes. Foi assim no mensalão, houve perdas de alguns elementos que ajudavam o governo em manter os cofres do partido cheios, mas ficaram as instituições. Se prenderem todos os dirigentes e todos os agentes do governo e seus intermediários, mesmo assim a fonte não seca. Virão outros inocentes uteis prontos a se sacrificar pela causa. Conta-se que os kamikazes japoneses ficavam torcendo para chegar a  sua vez de dar a vida pela pátria. Possivelmente existam outros “Zés”, na fila esperando para por a cabeça a prêmio em defesa da manutenção do partido no poder. Mas isto não será possível se as mantenedoras desaparecerem.

Afonso Pires Faria – 02.2015

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