sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O DESESPERO BATENDO À PORTA.

 

Não foi desta vez. Os snipers foram contratados em vão. Nenhum jornalista que fazia a cobertura do evento foi atingido por fogos de artifício, nem pedrada e sequer com palavras. Um ministro do supremo (nada supremo), que previu que no pós-evento, seria possível medir o tamanho do fascismo no nosso país, teve como surpresa um megaevento com mais rezas e demonstração de patriotismo do que qualquer outra coisa. As ameaças de que haveria violência não ocorreram e, aqueles que deixaram de comparecer, não só perderam um grande evento, como também de manifestar a sua vontade. Sim, em um ato, este sim fascista, uma alta autoridade alertou para o suposto perigo. Já imaginaram se não fosse esta intimidação, quantos mais estariam presentes? Não sabemos. Acusaram o chefe da nação de usar a data como palanque. Este, teve o cuidado de despir-se da faixa presidencial quando era cidadão/candidato e não Presidente. Nos estertores da derrota, a oposição, ladeada pela mídia desesperada, acusou a população patriota, de se apropriar do nosso símbolo maior, a bandeira, como se fosse sua. Não, eles não a usurpara e sim a resgataram. Se a bandeira da oposição tinha outra coloração que não as da pátria, esta, não foi nem queimada e nem pisoteada como foi a nossa. Pois salvamos o que eles desprezaram. No meio da aglomeração na praça Dante, em Caxias do Sul, havia um casal com uma bandeira e um cartaz que dizia entre outras reivindicações, “Fora Bolsonaro”. Fiquei algum tempo observando. Nada aconteceu a eles, senão um profundo menosprezo dos transeuntes. Me aproximei deles e pedi para fotografá-los. Eles permitiram e eu fotografei. Teriam eles, o mesmo tratamento, em uma manifestação dos opositores? Duvido.

 

Mas já que eles optaram por outra cor que não o verde e amarelo da nossa bandeira, não creio ser justo ter nos acusado de apropriação delas. O que ouve foi um resgate. Já que uma repórter falou que o que está escrito na nossa bandeira é “independência ou morte”, e sugeriu substituir por algo quase que impublicável, sugiro que alteremos para “o senhor não deve nada a justiça”. Que tal?

Afonso Pires Faria, XXI.IX.MMXXII. 

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