Não foi desta vez. Os snipers foram contratados em vão. Nenhum
jornalista que fazia a cobertura do evento foi atingido por fogos de artifício,
nem pedrada e sequer com palavras. Um ministro do supremo (nada supremo), que
previu que no pós-evento, seria possível medir o tamanho do fascismo no nosso
país, teve como surpresa um megaevento com mais rezas e demonstração de
patriotismo do que qualquer outra coisa. As ameaças de que haveria violência
não ocorreram e, aqueles que deixaram de comparecer, não só perderam um grande
evento, como também de manifestar a sua vontade. Sim, em um ato, este sim
fascista, uma alta autoridade alertou para o suposto perigo. Já imaginaram se
não fosse esta intimidação, quantos mais estariam presentes? Não sabemos.
Acusaram o chefe da nação de usar a data como palanque. Este, teve o cuidado de
despir-se da faixa presidencial quando era cidadão/candidato e não Presidente.
Nos estertores da derrota, a oposição, ladeada pela mídia desesperada, acusou a
população patriota, de se apropriar do nosso símbolo maior, a bandeira, como se
fosse sua. Não, eles não a usurpara e sim a resgataram. Se a bandeira da
oposição tinha outra coloração que não as da pátria, esta, não foi nem queimada
e nem pisoteada como foi a nossa. Pois salvamos o que eles desprezaram. No meio
da aglomeração na praça Dante, em Caxias do Sul, havia um casal com uma
bandeira e um cartaz que dizia entre outras reivindicações, “Fora Bolsonaro”.
Fiquei algum tempo observando. Nada aconteceu a eles, senão um profundo
menosprezo dos transeuntes. Me aproximei deles e pedi para fotografá-los. Eles
permitiram e eu fotografei. Teriam eles, o mesmo tratamento, em uma
manifestação dos opositores? Duvido.
Mas já que eles optaram por outra cor que não o verde e amarelo
da nossa bandeira, não creio ser justo ter nos acusado de apropriação delas. O
que ouve foi um resgate. Já que uma repórter falou que o que está escrito na
nossa bandeira é “independência ou morte”, e sugeriu substituir por algo quase
que impublicável, sugiro que alteremos para “o senhor não deve nada a justiça”.
Que tal?
Afonso
Pires Faria, XXI.IX.MMXXII.
Parabéns como sempre escreveu com propriedar
ResponderExcluirExcelente...
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