quinta-feira, 2 de setembro de 2021

SUPREMA INSIGNIFICÂNCIA.

 

Os movimentos, ditos populares, já invadiram propriedades particulares, depredaram patrimônio público e privado e nada lhes aconteceu. A Suprema Corte e nem sequer um de seus representantes moveu um dedo para punir ou mesmo censurar os atos. Alegadamente eram atos de protestos feitos por um movimento que buscava seus direitos contra os mais abastados. Esperava-se que talvez algum Ministro do STF agisse quando vândalos invadiram e depredaram ministérios. Ledo engano, nada foi feito contra os grupos de arruaceiros por iniciativa da nossa Corte. Os atos ficaram impunes. Mas agora basta um defensor do atual governo convocar a população para se manifestar solicitando que se cumpra a nossa Constituição Federal, para que alguns Ministros se achem no direito de impedir a manifestação, de forma arbitrária, tolhendo-lhes o direito de falar até efetuando a prisão do elemento. Alegação: incitação a violência. Ou seja, praticar a violência não é crime, mas pedir que se cumpra a lei, sim. Estes sujeitos que ocupam as cadeiras do STF são uns boçais, em sua grande maioria. São incapazes de fazer uma leitura correta do que está explícito na lei, ou pior ainda, interpretam de forma errônea para prejudicar um determinado grupo de cidadãos. Pior. Justamente os que defendem as leis. Onde vamos parar? Qual seria a justa pena para estes que utilizam o cargo para beneficiar o crime?

 

De narrativa em narrativa o nosso continente vai se afundando. Acreditam piamente de que um povo somente é livre se for totalmente desarmado, que o governo é o responsável pela sua subsistência, que se fuzilar quem se opõe a ele é justo, que tudo o que dá errado em um país é culpa única e exclusiva de outro país ou dos governantes anteriores. E por aí vamos engolindo narrativas falaciosas e cada vez menos verossímeis.

 

Imagino que todos os Ministros da nossa Suprema Corte devem ter lido o livro “1984” de George Orwell. É de fato, uma ótima leitura e muito bem escrito. Mas será que não explicaram para os nossos nobres garantidores da Carta Magna que aquilo era uma distopia, uma obra ficção e que não deveria ser levada a sério, nem mesmo por um abestalhado infantil, que acredita em tudo o que lhe dizem. Sim, eles acreditam piamente que irão levar a cabo tudo o que lá foi escrito.

Afonso Pires Faria, 02.09.2021.

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