Os movimentos, ditos populares, já
invadiram propriedades particulares, depredaram patrimônio público e privado e
nada lhes aconteceu. A Suprema Corte e nem sequer um de seus representantes
moveu um dedo para punir ou mesmo censurar os atos. Alegadamente eram atos de
protestos feitos por um movimento que buscava seus direitos contra os mais
abastados. Esperava-se que talvez algum Ministro do STF agisse quando vândalos
invadiram e depredaram ministérios. Ledo engano, nada foi feito contra os
grupos de arruaceiros por iniciativa da nossa Corte. Os atos ficaram impunes.
Mas agora basta um defensor do atual governo convocar a população para se
manifestar solicitando que se cumpra a nossa Constituição Federal, para que
alguns Ministros se achem no direito de impedir a manifestação, de forma
arbitrária, tolhendo-lhes o direito de falar até efetuando a prisão do elemento.
Alegação: incitação a violência. Ou seja, praticar a violência não é crime, mas
pedir que se cumpra a lei, sim. Estes sujeitos que ocupam as cadeiras do STF
são uns boçais, em sua grande maioria. São incapazes de fazer uma leitura
correta do que está explícito na lei, ou pior ainda, interpretam de forma
errônea para prejudicar um determinado grupo de cidadãos. Pior. Justamente os
que defendem as leis. Onde vamos parar? Qual seria a justa pena para estes que
utilizam o cargo para beneficiar o crime?
De narrativa em narrativa o nosso
continente vai se afundando. Acreditam piamente de que um povo somente é livre
se for totalmente desarmado, que o governo é o responsável pela sua
subsistência, que se fuzilar quem se opõe a ele é justo, que tudo o que dá
errado em um país é culpa única e exclusiva de outro país ou dos governantes
anteriores. E por aí vamos engolindo narrativas falaciosas e cada vez menos
verossímeis.
Imagino que todos os Ministros da
nossa Suprema Corte devem ter lido o livro “1984” de George Orwell. É de fato,
uma ótima leitura e muito bem escrito. Mas será que não explicaram para os
nossos nobres garantidores da Carta Magna que aquilo era uma distopia, uma obra
ficção e que não deveria ser levada a sério, nem mesmo por um abestalhado
infantil, que acredita em tudo o que lhe dizem. Sim, eles acreditam piamente
que irão levar a cabo tudo o que lá foi escrito.
Afonso Pires Faria, 02.09.2021.
Afonso... estás mexendo com onças! Te cuida, meu amigo!
ResponderExcluir