segunda-feira, 5 de abril de 2021

COSTUMES E PROCEDIMENTOS.

O politicamente correto nos levou a alargarmos cada vez mais o direito do cidadão em escolher seus representantes. Esta permissividade não foi dada de forma coerente e nem obedeceu a proporcionalidade das condições que o povo adquiriu para que tivesse a capacidade de fazer as corretas escolhas. Existe uma coerente reclamação de que os nossos representantes, estão cada vez menos polidos, menos cultos e que não honram o seu posto. Richard M. Weaver, já no título de sua obra “As ideias Têm Consequências”, não deixa dúvidas de que as escolhas que fizemos nos levam a resultados que são previsíveis. O representante que foi escolhido por um analfabeto, vai atender as expectativas de uma pessoa semelhante a ele. São escolhas feitas e devemos nos acostumar a elas ou alterar a forma de escolha. Jamais uma vaca parirá um peixe. Augusto dos Anjos já dizia na sua obra “Sonetos”, em Versos Íntimos: “Acostuma-te a lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, mora entre as feras, sente inevitável necessidade de também ser fera”. Não poderemos esperar comportamento de lorde de um deputado que foi escolhido por um povo inculto. Sim, os nossos representantes eram bem mais qualificados, mas os seus eleitores também, pois somente os maiores de 25 anos, com renda superior a 100 mil réis é que teriam o direito de escolher quem seriam os que que os representariam para fazer a escolha dos parlamentares. De 1824 para cá a democracia foi expandida e, consequentemente a representatividade também. Está mais de acordo com os que tem o direito de ser representado. Se isto é bom ou ruim, cabe a cada um o julgamento. Mas temos que nos acostumar ao que nos espera e tolerarmos as consequências das nossas escolhas.

 

Como podemos tirar proveito nefastos de uma desgraça. Sim, pode parecer paradoxal e insano, mas isto é possível se fazer com um povo altamente doutrinado pela esquerda. Um exemplo disso foi o fato de terem anulado as sentenças de condenação de um sujeito que exerceu alto cargo no país. A repercussão foi tamanha que a OCDE, teve que reconsiderar a segurança jurídica do nosso país. Pois a manchete que foi divulgada para o nosso povo foi que “Inocência de lula, teve grande repercussão internacional”. É. E teve mesmo. Mas daí ser positiva ou negativa, para os idiotas, é um fato irrelevante.

 

O atual Presidente da República substituiu o Ministro da Defesa e, por se tratar de um militar de alta patente, foi necessário fazer alguns ajustes para obedecer a hierarquia. Para a nossa imprensa e influenciadores de esquerda, qualquer ato governamental é visto como autoritário e em desacordo com os desígnios presidenciais. Alegaram que o Bolsonaro estaria “politizando” as FFAA. Se levarmos em conta que já tivemos um comunista no comando e agora temos um general, acho que o processo é o inverso.

Afonso Pires Faria, 05.04.2021.

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