O politicamente
correto nos levou a alargarmos cada vez mais o direito do cidadão em escolher
seus representantes. Esta permissividade não foi dada de forma coerente e nem
obedeceu a proporcionalidade das condições que o povo adquiriu para que tivesse
a capacidade de fazer as corretas escolhas. Existe uma coerente reclamação de
que os nossos representantes, estão cada vez menos polidos, menos cultos e que
não honram o seu posto. Richard M. Weaver, já no título de sua obra “As ideias
Têm Consequências”, não deixa dúvidas de que as escolhas que fizemos nos levam
a resultados que são previsíveis. O representante que foi escolhido por um
analfabeto, vai atender as expectativas de uma pessoa semelhante a ele. São
escolhas feitas e devemos nos acostumar a elas ou alterar a forma de escolha.
Jamais uma vaca parirá um peixe. Augusto dos Anjos já dizia na sua obra “Sonetos”,
em Versos Íntimos: “Acostuma-te a lama que te espera! O homem, que, nesta terra
miserável, mora entre as feras, sente inevitável necessidade de também ser
fera”. Não poderemos esperar comportamento de lorde de um deputado que foi
escolhido por um povo inculto. Sim, os nossos representantes eram bem mais
qualificados, mas os seus eleitores também, pois somente os maiores de 25 anos,
com renda superior a 100 mil réis é que teriam o direito de escolher quem
seriam os que que os representariam para fazer a escolha dos parlamentares. De
1824 para cá a democracia foi expandida e, consequentemente a
representatividade também. Está mais de acordo com os que tem o direito de ser
representado. Se isto é bom ou ruim, cabe a cada um o julgamento. Mas temos que
nos acostumar ao que nos espera e tolerarmos as consequências das nossas
escolhas.
Como podemos tirar proveito nefastos de uma desgraça. Sim, pode
parecer paradoxal e insano, mas isto é possível se fazer com um povo altamente
doutrinado pela esquerda. Um exemplo disso foi o fato de terem anulado as
sentenças de condenação de um sujeito que exerceu alto cargo no país. A
repercussão foi tamanha que a OCDE, teve que reconsiderar a segurança jurídica
do nosso país. Pois a manchete que foi divulgada para o nosso povo foi que
“Inocência de lula, teve grande repercussão internacional”. É. E teve mesmo.
Mas daí ser positiva ou negativa, para os idiotas, é um fato irrelevante.
O atual Presidente da República substituiu o Ministro da Defesa
e, por se tratar de um militar de alta patente, foi necessário fazer alguns
ajustes para obedecer a hierarquia. Para a nossa imprensa e influenciadores de
esquerda, qualquer ato governamental é visto como autoritário e em desacordo
com os desígnios presidenciais. Alegaram que o Bolsonaro estaria “politizando”
as FFAA. Se levarmos em conta que já tivemos um comunista no comando e agora
temos um general, acho que o processo é o inverso.
Afonso Pires Faria, 05.04.2021.
Sempre muita clareza de expressão!
ResponderExcluirBelíssima explanação
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