Supomos que um dia
eu acorde com o meu espírito criativo, aventureiro inflado e resolva criar uma
história que pode ser de ficção ou não. Que pode ter ou não fins lucrativos. É
fácil criar todo o enredo e para ganhar dinheiro com isso, basta não ter o
mínimo de escrúpulo e contar também com o beneplácito de algumas autoridades e
alguns políticos de poucas luzes e sem nenhum caráter. Criaria eu uma sequência
de fatos paralelos a acontecimentos reais, mas totalmente descolado da
realidade. Explico: Sabedor de que o molusco estava preso, eu poderia elaborar
uma lista série de comunicados dele com o meio externo. Pegaria alguns textos
escrito por ele e acrescentaria algumas pérolas engraçadas e outras nem tanto.
Baseado em algum bilhete dele, colocaria outros erros de português, e absurdos
linguísticos para fazer troça. Mas poderia também complementar com algumas
frases criminosas como aconselhando algum correligionário matar um ministro
governista ou até mesmo o presidente. Fazer noção de que teria sido de sua
autoria algum acontecimento trágico ocorrido durante a sua estada na prisão.
Publicaria tudo isso em um jornal ou revista de grande circulação e alegaria
ter recebido de um informante que não gostaria de ter o nome divulgado. Eu,
como jornalista, tenho o direito de preservar a fonte. Seria algo que
possivelmente não seria levado a sério, tendo em vista que a fidelidade da
origem dos dados é imprestável juridicamente. Também ficaria provado que a
tragédia ocorrida, foi comprovadamente acidental. Mas não duvidem dos
malabarismos dos nossos excelentíssimos senhores doutos. Estão tentando fazer
isso para acusar um juiz e um promotor, baseado em conversas que supostamente
tenham ocorrido e que de nada tem de ilegal existe no seu conteúdo.
Afonso
Pires Faria, 29.11.2019.
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