Certa feita participei
de uma dinâmica de grupo em que dois representantes eram escolhidos, um para
defender e outro para acusar um referido elemento. Em determinado momento o
mediador parou o debate e ordenou que o acusador defendesse e a defesa
acusasse. Ficou constrangedor e, por mais que cada um tentasse, ficou difícil
desdizer o que dissera antes. Pois esta é a situação em que se encontra a atual
oposição ao governo Bolsonaro. Vejam dois casos que saltam aos olhos de quem
tem no mínimo um pouco de coerência. O artigo 39 da lei 5.700 obriga e execução
do Hino Nacional uma vez por semana nos estabelecimentos públicos e privados do
ensino fundamental. Isto foi em setembro de 2009; ministro Haddad. Outro
episódio ocorreu em 2003 quando foram expulsos do partido os deputados e
senadores que votaram contra a reforma da previdência. Que partido foi este? O
PT; sim ele, que hoje, contra toda a lógica desaprova toda e qualquer
modificação, já expulsou dos quadros os que se opunham a ele. Quando formos
falar em coerência, não convide esta e um representante do partido dos
trabalhadores para a mesma festa. Eles, não tem a mínima afinidade.
Todo aquele que se
utiliza do cérebro e não da região glútea para pensar, sabe muito bem que a
previdência social como está não tem a menor viabilidade. Alguns de seus
participantes irão se aposentar e deixarão uma massa falida para que seis
filhos e netos paguem. Simples assim. Ela terá que ser reformada. Mas os que
utilizam não a cabeça para pensar, acham que a reforma tem que ser feita para
trazer mais benefícios ainda ao contribuinte. Pior: que a contribuição seja
menor e por um curto espaço de tempo. Vem-me a frase que diz: “eu prefiro ser
rico e com saúde, do que pobre e doente”. Todos teríamos que dar uma parcela de
contribuição, mas infelizmente a nossa constituição não permite mexer em
direitos adquiridos e eu, por exemplo, não serei afetado em nada infelizmente. A
reforma já deveria ter sido implantada a 10 anos atrás não tivessem deputados
como Bolsonaro, usasse a segunda opção de parte do corpo humano para tomar decisões.
Teria o agora presidente muito mais legitimidade para cobrar o que deseja para
a nação, ou seja, a sua salvação.
Afonso Pires Faria, 03.04.2019.
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